Angola recebe apoio europeu de €1 milhão contra surto de cólera
- Monica Stahelin
- há 6 horas
- 2 min de leitura

Iniciativa conjunta entre União Europeia, OMS e Unicef visa travar propagação da epidemia e proteger comunidades vulneráveis.
A União Europeia (UE) vai financiar com um milhão de euros uma operação de emergência em Angola para apoiar o combate ao surto de cólera que tem assolado o país desde o início do ano. O montante será canalizado para ações lideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com o objetivo de conter a epidemia e reduzir significativamente a mortalidade.
A iniciativa, formalizada através de um memorando de entendimento assinado entre a UE e o Unicef, insere-se no plano "Travar a Propagação: Acelerar as Intervenções contra a Cólera que Salvam Vidas em Angola". Este projeto prevê intervenções estratégicas nas áreas da saúde, água, saneamento e higiene, com enfoque especial nas províncias mais atingidas.
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Com mais de 21 mil casos e 641 mortes registadas até 20 de maio, a epidemia afeta 18 das 21 províncias do território angolano, segundo dados do Ministério da Saúde.
Intervenção rápida para salvar vidas
O plano visa alcançar mais de 500 mil pessoas, dando prioridade a crianças, idosos e pessoas com deficiência. Entre as medidas previstas estão a instalação de centros de reidratação oral e tratamento da cólera, formação de profissionais de saúde e voluntários, campanhas de vacinação e distribuição de kits de prevenção.
A OMS e o Unicef reforçam a importância do trabalho conjunto com as autoridades angolanas, destacando a urgência de agir para evitar mais perdas humanas. O representante da OMS no país, Indrajit Hazarika, frisou que a epidemia representa uma ameaça séria à saúde pública, sendo essencial garantir que os apoios cheguem às comunidades mais vulneráveis.
Também o representante do Unicef em Angola, Antero de Pina, salientou que o apoio europeu espelha um compromisso comum com a proteção dos mais frágeis, especialmente as crianças. A combinação de esforços em saúde pública, acesso à água potável e saneamento básico é vista como um passo decisivo para fortalecer a resiliência das comunidades face a futuras crises sanitárias.
Alinhamento com o plano nacional de saúde
Esta nova fase de resposta está alinhada com o Plano Nacional de Prevenção e Controlo da Cólera, definindo-se como um investimento estruturante na segurança sanitária do país. A mobilização de voluntários para ações de sensibilização comunitária e a expansão das medidas de higienização fazem também parte da estratégia de resposta imediata.
Com este apoio, a União Europeia reafirma o seu papel de parceiro estratégico na promoção da saúde global e no combate a surtos epidémicos em contextos de emergência.
M.S.
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