Alerta em Londres por droga 500 vezes mais forte do que a heroína
- Monica Stahelin
- 3 de jun.
- 2 min de leitura
Dois jovens morreram após consumir comprimidos verdes suspeitos de conter opioide sintético altamente potente.
As autoridades britânicas emitiram um alerta urgente sobre a circulação de comprimidos perigosos vendidos como ecstasy em clubes noturnos de Londres, após a morte de dois jovens na zona de Ealing, a 26 de maio. A Polícia Metropolitana confirmou que as vítimas, um homem de 28 anos e uma mulher de 20, terão ingerido uma substância ilícita sob a forma de comprimido verde, contendo possivelmente nitazenos — opioides sintéticos que podem ser entre 50 a 500 vezes mais potentes do que a heroína.
O caso está a ser investigado, e, até ao momento, não foram efetuadas detenções. A polícia londrina está a trabalhar em conjunto com o Serviço Nacional de Saúde (NHS) e autoridades locais para sensibilizar a população e reforçar medidas preventivas.
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Clubes reforçam avisos aos frequentadores
Diversas discotecas de Londres têm partilhado avisos nas redes sociais, apelando à vigilância dos seus frequentadores e desencorajando o consumo de substâncias não identificadas. O clube The Cause, no leste da cidade, publicou imagens de comprimidos azuis e verdes marcados com o número “80”, desaconselhando vivamente o seu consumo.
Outro espaço emblemático da vida noturna londrina, Fabric, emitiu igualmente um alerta, referindo a existência de um lote perigoso de comprimidos verdes claros com as inscrições “80” e, possivelmente, “OP”. Segundo análises citadas pelo clube, os comprimidos contêm não só um opioide sintético extremamente potente, como também vestígios de cetamina e MDMA.
Ambos os clubes reforçaram a importância de procurar imediatamente ajuda junto do pessoal de segurança ou primeiros socorros caso alguém apresente sinais de mal-estar.
Conselhos das autoridades de saúde
A Câmara Municipal de Ealing também emitiu um comunicado alertando os residentes para os riscos do consumo de drogas ilegais, sublinhando que não existe forma segura de saber a composição de qualquer substância adquirida fora dos circuitos legais, nem de prever a reação do organismo.
“Se alguém se sentir mal após ingerir qualquer comprimido ou droga, deve dirigir-se imediatamente ao serviço de urgência mais próximo ou ligar para o 999”, aconselha o município. A recomendação é clara: não tentar “dormir os efeitos” ou recorrer a soluções caseiras como o consumo excessivo de água, que pode agravar a situação.
A morte dos dois jovens relança o debate sobre a proliferação de substâncias sintéticas de elevada toxicidade e a necessidade de reforçar a testagem de drogas e a educação sobre os seus riscos, especialmente entre os mais jovens e frequentadores da vida noturna urbana.
M.S.
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