Angola e o legado profundo da escravidão nas Américas
- Beatriz S. Nascimento
- 19 de abr.
- 2 min de leitura
O ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, afirmou na passada sexta-feira, em Sloatsburg, Estado de Nova Iorque, que Angola teve um papel central no tráfico transatlântico de escravizados, o que contribuiu de forma marcante para a presença e influência da cultura afrodescendente nas Américas.
A declaração foi feita durante uma visita oficial à vila de Sloatsburg, no condado de Rockland, onde o chefe da diplomacia angolana participou num evento dedicado à diáspora africana, a convite do presidente da Câmara local, Darrell Frasier. A vila tem uma população de cerca de 3.050 habitantes, segundo o censo de 2020.
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Téte António, que também exerce actualmente as funções de Presidente do Conselho Executivo da União Africana, partilhou a sua experiência e perspectiva sobre o papel de Angola na diáspora africana, destacando o contributo do país no tráfico transatlântico de escravos entre os séculos XVI e XIX.
A herança cultural levada além-mar
Durante a sua intervenção, o ministro realçou que milhões de africanos foram capturados ou comprados na região que hoje corresponde a Angola e enviados para territórios como o Brasil, o Caribe e os Estados Unidos. Sublinhou ainda a forma como a cultura angolana foi transportada e preservada através da música, dança, religião, espiritualidade, língua, culinária, bem como da resistência e afirmação identitária das comunidades afrodescendentes.
União Africana e diálogo com a diáspora
Segundo Téte António, este legado cultural continua a ter um impacto profundo nas sociedades americanas actuais, reforçando a importância de reconhecer a história partilhada e promover o diálogo entre os povos da diáspora e o continente africano. O ministro destacou também o papel da União Africana no fortalecimento destas ligações históricas e culturais.
B.N.
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