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Angola Regista Subida no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU

Vista frontal do edifício da sede europeia da ONU em Genebra, Suíça, com fileiras de bandeiras de diversos países alinhadas dos dois lados de um caminho gramado que leva à entrada principal.
Angola Regista Subida no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU © Direitos Reservados

Angola avançou duas posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), ocupando agora a 148.ª posição, em comparação com a 150.ª posição anterior. Este progresso foi divulgado ontem, no Relatório de Desenvolvimento Humano 2025, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).


Melhorias no Ranking dos Países Lusófonos

O relatório destaca a melhoria no ranking de seis dos nove países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com Angola a ser um dos principais destaques. A elevação de Angola no IDH reflete a melhoria em áreas como saúde, educação e níveis de rendimento, categorias que compõem o índice. Embora o país tenha registado um desenvolvimento humano médio, a sua ascensão reforça o contínuo progresso da nação.


Entre os outros países lusófonos, Portugal manteve-se na categoria de Desenvolvimento Humano "muito elevado", ocupando agora a 40.ª posição, um avanço face à 42.ª posição do relatório anterior. O Brasil, por sua vez, subiu do 89.º para o 84.º lugar, destacando-se também entre os países com um nível elevado de desenvolvimento humano.


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A Guiné-Bissau e Moçambique, por outro lado, continuam a figurar na categoria de desenvolvimento humano "baixo", com a Guiné-Bissau a subir da 179.ª para a 174.ª posição e Moçambique a registar uma ligeira melhoria, subindo do 183.º para o 182.º lugar. Cabo Verde, entretanto, viu-se a descer da 131.ª para a 135.ª posição, enquanto Timor-Leste teve um avanço significativo, passando do 155.º para o 142.º lugar.


Desigualdades Globais e o Potencial da Inteligência Artificial

O relatório de 2025, intitulado "Uma Questão de Escolha: Pessoas e Possibilidades na Era da Inteligência Artificial", revela que a África Subsaariana continua a ser a região com os menores índices de desenvolvimento humano do mundo, apesar de alguns progressos na disponibilização de dados e infraestruturas. Contudo, a região ainda enfrenta grandes desafios e desigualdades em vários aspetos.


A análise do PNUD também destaca que a Inteligência Artificial (IA) poderá ser um fator chave na recuperação e aceleração do desenvolvimento humano, especialmente num contexto de estagnação global. O relatório assinala que, após as crises sanitárias e económicas globais de 2020-2021, o progresso global no desenvolvimento humano tem sido surpreendentemente fraco, com um crescimento projetado para 2025 inferior ao observado desde 1990.


Achim Steiner, chefe global do PNUD, sublinhou a importância de explorar novas formas de impulsionar o desenvolvimento, mencionando as potencialidades da IA como uma ferramenta que poderá "reativar o desenvolvimento humano" e criar novas oportunidades, apesar das dificuldades atuais.


Este relatório coloca uma ênfase particular nas crescentes desigualdades entre países ricos e pobres, com uma tendência alarmante de aumento das disparidades entre as nações com os índices de IDH mais elevados e os mais baixos. O PNUD apela a uma reflexão profunda sobre as escolhas políticas e económicas para fomentar um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável, utilizando as novas tecnologias de forma estratégica.


M.S.


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