Angola Regista Subida no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU
- Monica Stahelin
- 7 de mai.
- 2 min de leitura

Angola avançou duas posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), ocupando agora a 148.ª posição, em comparação com a 150.ª posição anterior. Este progresso foi divulgado ontem, no Relatório de Desenvolvimento Humano 2025, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Melhorias no Ranking dos Países Lusófonos
O relatório destaca a melhoria no ranking de seis dos nove países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com Angola a ser um dos principais destaques. A elevação de Angola no IDH reflete a melhoria em áreas como saúde, educação e níveis de rendimento, categorias que compõem o índice. Embora o país tenha registado um desenvolvimento humano médio, a sua ascensão reforça o contínuo progresso da nação.
Entre os outros países lusófonos, Portugal manteve-se na categoria de Desenvolvimento Humano "muito elevado", ocupando agora a 40.ª posição, um avanço face à 42.ª posição do relatório anterior. O Brasil, por sua vez, subiu do 89.º para o 84.º lugar, destacando-se também entre os países com um nível elevado de desenvolvimento humano.
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A Guiné-Bissau e Moçambique, por outro lado, continuam a figurar na categoria de desenvolvimento humano "baixo", com a Guiné-Bissau a subir da 179.ª para a 174.ª posição e Moçambique a registar uma ligeira melhoria, subindo do 183.º para o 182.º lugar. Cabo Verde, entretanto, viu-se a descer da 131.ª para a 135.ª posição, enquanto Timor-Leste teve um avanço significativo, passando do 155.º para o 142.º lugar.
Desigualdades Globais e o Potencial da Inteligência Artificial
A análise do PNUD também destaca que a Inteligência Artificial (IA) poderá ser um fator chave na recuperação e aceleração do desenvolvimento humano, especialmente num contexto de estagnação global. O relatório assinala que, após as crises sanitárias e económicas globais de 2020-2021, o progresso global no desenvolvimento humano tem sido surpreendentemente fraco, com um crescimento projetado para 2025 inferior ao observado desde 1990.
Achim Steiner, chefe global do PNUD, sublinhou a importância de explorar novas formas de impulsionar o desenvolvimento, mencionando as potencialidades da IA como uma ferramenta que poderá "reativar o desenvolvimento humano" e criar novas oportunidades, apesar das dificuldades atuais.
Este relatório coloca uma ênfase particular nas crescentes desigualdades entre países ricos e pobres, com uma tendência alarmante de aumento das disparidades entre as nações com os índices de IDH mais elevados e os mais baixos. O PNUD apela a uma reflexão profunda sobre as escolhas políticas e económicas para fomentar um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável, utilizando as novas tecnologias de forma estratégica.
M.S.
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