Bolsonaro afirma que ainda não pode confirmar candidatura de Michelle
- Monica Stahelin
- há 7 dias
- 3 min de leitura

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se encontra inelegível e é réu por suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, sugeriu que existem possíveis candidatos à Presidência nas eleições de 2026, mas afirmou que não retirará seu nome da corrida eleitoral. Ao falar sobre as possíveis candidaturas de sua esposa, Michelle Bolsonaro, e de seu filho, Eduardo Bolsonaro, ele destacou que não pode tomar uma decisão definitiva neste momento.
Em entrevista ao portal UOL nesta quarta-feira, 14 de maio, Bolsonaro falou sobre o crescimento da imagem de Michelle nas pesquisas eleitorais.
“A Michelle não pediu para entrar nas pesquisas, botaram o nome dela e ela tem aparecido na frente do Lula. Quem é a Michelle? É uma pessoa como primeira-dama, no meu entendimento, que foi exemplar. É uma mulher, fala bem, é evangélica, então tem o carinho de uma parte considerável da população”, comentou o ex-presidente.
No entanto, ao ser questionado sobre a possibilidade de ela ser candidata, ele deixou claro que ainda não há uma definição: “Então ela pode ser candidata? Não sei”.
Publicidade
Bolsonaro também mencionou o filho Eduardo, que, atualmente nos Estados Unidos, aparece em algumas pesquisas eleitorais, embora ainda perca para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ele aparece nas pesquisas por aí também, perdendo para o Lula, mas aparece. Tem muito tempo até lá. Eu não posso bater o martelo agora”, disse, reiterando a incerteza sobre as candidaturas da família.
Ineligibilidade e cobrança a aliados
Apesar de sua inelegibilidade atual, Bolsonaro afirmou ter esperança de que seu nome conste na cédula de votação nas próximas eleições. "Vou até o último segundo", garantiu. O ex-presidente também criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre sua inelegibilidade, questionando sua validade: "Costumo dizer: eleição sem meu nome na chapa é negação da democracia. Isso que Alexandre de Moraes faz lá fora é conhecido como lawfare", disse, fazendo referência ao uso político do sistema judicial para afastá-lo da disputa.
Além disso, Bolsonaro cobrou uma postura mais firme de seus aliados, em especial os governadores, sobre sua inelegibilidade. Ele pediu que questionassem publicamente o TSE sobre as acusações que recaem sobre ele. “Gostaria, não posso obrigar, que os governadores falassem: ‘Bolsonaro está inelegível por quê? Essas acusações valem?’”, declarou.
Defesa no Supremo e retomada da agenda política
Na última terça-feira, 13 de maio, a defesa de Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o cancelamento de audiências com testemunhas indicadas no processo relacionado à suposta tentativa de golpe de Estado. A defesa argumenta que não houve tempo suficiente para analisar todas as provas apresentadas pela Polícia Federal.
Após um período de recuperação de uma cirurgia de desobstrução intestinal, Bolsonaro afirmou estar pronto para retomar a agenda política. O ex-presidente ficou 21 dias internado no Hospital DF Star, em Brasília, e, embora tenha sido aconselhado a evitar aglomerações, fez sua primeira aparição pública no último dia 7 de maio, participando de um ato pró-anistia ao lado de seus apoiadores.
M.S.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News
Comments