Brasil aumenta taxa de juro para 14,75%, a mais alta desde 2006
- Monica Stahelin
- 8 de mai.
- 2 min de leitura

O Banco Central do Brasil anunciou, na última quarta-feira, uma elevação da taxa básica de juros, que passou a ser de 14,75% ao ano, a mais alta desde agosto de 2006.
A medida foi tomada de forma unânime pelos membros da instituição e visa, principalmente, combater a inflação, que continua a superar as metas estabelecidas pelo governo.
Este aumento representa a sexta subida consecutiva da taxa, embora tenha sido mais suave desta vez, com um aumento de meio ponto percentual, em comparação com os aumentos anteriores, que haviam sido de um ponto percentual.
A decisão foi amplamente esperada pelos analistas financeiros e pelo mercado, pois o Banco Central já havia sinalizado essa possibilidade em março, devido à persistente pressão sobre os preços no Brasil. Esta ação visa estabilizar a economia nacional e tentar reverter a trajetória inflacionária que tem afetado o poder de compra da população, impactando especialmente os segmentos de renda mais baixa. A medida de elevação da taxa de juro é uma tentativa de aumentar os custos do crédito e reduzir o consumo, de forma a desacelerar a economia e controlar a inflação.
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Inflação e Pressões Internas
O aumento da taxa de juro ocorre num contexto económico desafiador. O Brasil enfrenta uma pressão crescente dos preços, com o índice de inflação a atingir 5,48% em março, acima do limite superior da meta de 4,5%. O aumento foi impulsionado especialmente pelos preços dos produtos alimentares. O Banco Central, ao justificar a decisão, mencionou as incertezas no ambiente externo, especialmente em relação à política económica e comercial dos Estados Unidos, cujos efeitos impactam diretamente a economia global.
Ambiente Externo e Desafios Fiscais
Além disso, o Banco Central destacou a situação fiscal interna como outro fator que tem pressionado os preços e piorado as expectativas económicas. O emissor, no entanto, manteve as suas estimativas para a inflação de 2025, prevendo um índice de 4,8%, o que representa uma redução em relação à estimativa anterior de 5,7% e um nível semelhante ao índice com que o Brasil terminou 2024, que foi de 4,83%.
Com esta medida, o Banco Central do Brasil procura estabilizar a economia e reduzir as pressões inflacionárias, mesmo diante de um cenário externo volátil e de desafios fiscais internos.
M.S.
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