Brasil e Angola lideram lista de deportados dos EUA em 2024
- Monica Stahelin
- 23 de jan.
- 2 min de leitura

Aumento nas deportações brasileiras e angolanas
O Brasil e Angola destacam-se como os países lusófonos com mais cidadãos deportados pelos Estados Unidos (EUA) em 2024, segundo o relatório dos Serviços de Imigração e Alfândegas (ICE) relativo ao ano fiscal. Em contraste, São Tomé e Príncipe não registou qualquer deportação.
De acordo com o documento, que abrange um total de 271.484 deportações para 192 países, o Brasil foi o país lusófono com o maior número de deportados, com 1.859 cidadãos repatriados em 2024. Este número representa um aumento face aos 1.607 deportados em 2023 e aos 1.770 registados em 2019, o ano mais antigo coberto pelo relatório.
Dados sobre deportações em outros países lusófonos
Angola, por sua vez, registou um aumento significativo no número de deportações, com 119 cidadãos angolanos devolvidos ao seu país, uma subida em relação aos 70 deportados em 2023 e aos 40 em 2019.
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Outros países de língua portuguesa também viram cidadãos deportados, embora em números inferiores. Cabo Verde recebeu 12 deportados em 2024, um aumento em relação aos 9 de 2023, mas significativamente abaixo dos 50 deportados em 2019. A Guiné-Bissau teve 4 cidadãos repatriados, um número estável comparado com os 4 de 2019, mas superior aos 2 deportados em 2013. Moçambique teve 3 deportações, um número semelhante ao de 2019, enquanto Portugal registou 69 deportações em 2024, uma ligeira diminuição em relação aos 60 deportados em 2023 e aos 107 de 2019.
Perfil dos deportados e políticas de imigração
A informação do ICE revela também que 88.763 dos deportados em 2024 tinham antecedentes criminais, sendo que 30% dos expulsos estavam envolvidos em atividades criminosas. Entre os deportados, destacam-se ainda 3.706 membros de gangues, 237 indivíduos conhecidos ou suspeitos de terrorismo e 8 violadores dos direitos humanos.
Por último, é importante notar que a política de deportações massivas foi reforçada durante o mandato do ex-presidente Donald Trump, que, nos primeiros dias do seu segundo mandato, assinou decretos autorizando a expulsão em massa de imigrantes em situação ilegal, especialmente aqueles com condenações por crimes ou ordens de deportação prévias.
M.S.
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