Chapo exige mudanças na PRM para enfrentar criminalidade
- Monica Stahelin
- há 2 dias
- 2 min de leitura

O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, defendeu a necessidade de mudanças profundas na Polícia da República de Moçambique (PRM) para fazer face ao aumento da criminalidade organizada e transnacional. A declaração foi feita no sábado, 17 de maio, durante a celebração dos 50 anos da fundação da corporação.
Na cerimónia, o Presidente da República enfatizou que, apesar dos 50 anos de existência, a PRM deve adaptar-se aos novos desafios decorrentes da evolução da criminalidade, como o rapto, o tráfico de pessoas, de órgãos, de drogas e o branqueamento de capitais. Chapo sublinhou que a sofisticação do crime exige uma abordagem igualmente renovada por parte da corporação.
"É tempo de a nossa Polícia da República de Moçambique fazer coisas diferentes para obter resultados diferentes diante destes crimes e da sua sofisticação", declarou o presidente, acrescentando que as transformações devem espelhar a experiência e o percurso acumulado pela corporação ao longo dos seus 50 anos de existência.
Publicidade
Colaboração cidadã e profissionalismo como pilares da segurança
Embora reconheça a importância de investimentos em infraestruturas e meios técnicos, o governante destacou que o maior fator para o sucesso da PRM é o profissionalismo dos seus agentes. Chapo defendeu uma atuação mais humanizada da polícia, baseada na lei e no envolvimento dos cidadãos, apelando à colaboração da população para a denúncia de crimes.
"O maior polícia é o cidadão na sua casa e na sua comunidade", afirmou o presidente, reforçando que a colaboração da população é fundamental para a promoção da segurança pública. Chapo também apelou ao ministro do Interior e ao comandante-geral da PRM para reforçarem a formação dos membros da corporação, assegurando a renovação dos princípios essenciais que permitam à polícia afirmar-se como uma força de referência em Moçambique e além-fronteiras.
Homenagem à trajetória da PRM e ao combate ao terrorismo
O presidente também fez uma homenagem a todos os membros da PRM, destacando o trabalho dos agentes que garantem a ordem pública e combatem o terrorismo no norte do país, bem como o esforço de oficiais na reserva, cujas contribuições ajudaram a consolidar a corporação atual.
Daniel Chapo fez uma retrospectiva histórica da corporação, relembrando o seu desenvolvimento desde a fundação do Corpo de Polícia de Moçambique (CPM) em 1974, passando pela criação da Polícia Popular de Moçambique (PPM) em 1979, até à constituição formal da PRM em 1992, com a implementação da nova Constituição democrática do país.
O Presidente apelou à preservação e divulgação da história da corporação, sugerindo que a rica trajetória da PRM seja documentada em livros, vídeos, músicas e peças teatrais para que todos se orgulhem do papel da polícia na história do país.
Por fim, o comandante-geral da PRM comprometeu-se a envidar todos os esforços para combater o crime organizado e proteger a segurança da população moçambicana.
M.S.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News
Comments