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China promete retaliar países que priorizem acordos com os EUA

Bandeiras dos EUA e da China
China promete retaliar países que priorizem acordos com os EUA © Reprodução/Lance Cheung/USDA

A China declarou esta segunda-feira que adoptará medidas retaliatórias contra qualquer país que firme acordos comerciais com os Estados Unidos em prejuízo dos seus interesses. A advertência foi feita pelo porta-voz do Ministério do Comércio chinês, em resposta à intenção do ex-presidente norte-americano Donald Trump de propor novos acordos bilaterais que isolem economicamente o país asiático.


“A China respeita as nações que procuram resolver disputas económicas com os Estados Unidos com base na igualdade, mas opor-se-á firmemente a quaisquer negociações que comprometam os seus interesses”, afirmou o porta-voz. Segundo ele, o Governo chinês está preparado para adoptar contramedidas recíprocas e enérgicas contra qualquer tentativa de exclusão comercial.


Pressão americana reacende tensão

A reacção de Pequim surge na sequência de uma reportagem da Bloomberg que revela os planos da administração Trump para pressionar países interessados em isenções tarifárias a restringirem o comércio com a China. O plano incluiria até sanções económicas como moeda de troca.


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Segundo o Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, cerca de 50 países já manifestaram interesse em negociar reduções das tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos. Alguns desses diálogos comerciais já estão em curso. O Japão, por exemplo, avalia a possibilidade de elevar as importações de soja e arroz provenientes dos Estados Unidos, enquanto a Indonésia estuda intensificar a aquisição de bens agrícolas e matérias-primas norte-americanas, reduzindo, para isso, as compras a outros fornecedores.


Guerra tarifária ganha novos capítulos

Desde que Trump assumiu a presidência, a China tem enfrentado tarifas comerciais elevadas, justificadas pela Casa Branca como parte de uma estratégia para combater o tráfico de fentanil. As taxas iniciais de 10% rapidamente escalaram para 20%, e posteriormente, com novas medidas retaliatórias, os valores atingiram percentuais inéditos.


Na sequência de uma escalada tarifária entre as duas maiores economias mundiais, os Estados Unidos aplicaram taxas de até 145% sobre produtos chineses, justificando-as como resposta às políticas comerciais de Pequim. A China respondeu com igual vigor, elevando as tarifas sobre bens americanos para o mesmo patamar.


Enquanto Trump decidiu suspender temporariamente as tarifas para mais de 180 países — reduzindo-as para 10% durante um período de 90 dias —, a China permaneceu na mira de sucessivos aumentos. Na mais recente medida, a Casa Branca anunciou que certos produtos chineses poderão ser taxados em até 245%, com foco especial em áreas consideradas estratégicas, como tecnologia, automação, veículos de nova geração e indústria aeroespacial.


China mantém posição firme

Questionado sobre o valor exacto das tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, sugeriu que o esclarecimento deveria ser pedido a Washington. No entanto, garantiu que Pequim manterá a sua postura firme diante das pressões.


“A China está preparada para defender os seus interesses até ao fim”, concluiu.


M.S.


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