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Condutor de teleférico escapa à morte graças a uma chávena de café

Massimo Amitrano
Condutor de teleférico escapa à morte graças a uma chávena de café © Antonio Balasco/LiveMedia/Shutte)

Uma simples pausa para tomar café acabou por salvar a vida de um condutor de teleférico, que escapou a um trágico acidente no sul de Itália. O desastre ocorreu na passada quinta-feira, quando um dos teleféricos que faz a ligação ao Monte Faito, na região de Nápoles, caiu de uma altura de cerca de 30 metros, provocando quatro vítimas mortais.


Entre os mortos estão o casal britânico Graeme e Margaret Elaine Winn, ambos de 64 anos, e a jovem israelita Janan Suliman, de 25. O condutor Carmine Parlato, de 59 anos, também perdeu a vida no acidente. O único sobrevivente foi o irmão de Janan, Thaeb Suliman, de 23 anos, que foi resgatado em estado crítico duas horas após a queda.


Uma troca de turnos que mudou tudo

Massimo Amitrano, de 60 anos, deveria ter conduzido o primeiro teleférico do dia. No entanto, um colega insistiu para que tomasse o seu café matinal, oferecendo-se para assumir a viagem. Foi essa troca de última hora que o salvou. "Sinto-me terrível – o Carmine era um grande amigo", disse Amitrano ao The Sunday Times. "Mas também porque podia ter sido eu naquela cabine. Sem saber, ele salvou-me. Foi intervenção divina, como mais se explica?"


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As condições meteorológicas no momento da tragédia eram adversas, com nevoeiro denso e ventos fortes. Segundo os bombeiros e um porta-voz da autarquia local, o teleférico terá recuado, embatido num pilar e, posteriormente, caído no desfiladeiro.


Condutor herói resgata passageiros da segunda cabine

Massimo Amitrano viria ainda a ser herói no mesmo dia. A segunda cabine, que ele operava com nove passageiros a bordo — incluindo uma família alemã com três crianças —, foi salva pelo travão de segurança. Usando um cabo interno, o condutor ajudou todos a descer com segurança, ferindo-se nas mãos durante o processo.


"Deixei a mãe segurar o filho mais novo de quatro anos durante a descida, porque ela não desceria sem ele. Fiz tudo com muita calma", relatou. "Fui o último a sair. O capitão não abandona o seu navio."


O teleférico, que percorre um trajeto de três quilómetros e é usado diariamente por centenas de turistas, tinha reaberto ao público no dia 10 de abril, após três meses de manutenção programada. De acordo com a operadora, a infraestrutura passou nas inspeções de segurança há apenas duas semanas.


As autoridades continuam a investigar as causas do acidente, que chocou a população local e levanta novas questões sobre a segurança deste tipo de transporte.


B.N.


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