Desflorestação e queimadas ameaçam património natural em Angola
- Monica Stahelin
- 30 de jan.
- 2 min de leitura

Angola enfrenta desafios crescentes na proteção do seu património natural, com a desflorestação, queimadas, caça furtiva, o conflito homem-animal e as alterações climáticas a representarem as principais ameaças à biodiversidade do país. O alerta foi dado pelo Presidente João Lourenço, durante a abertura da Conferência Internacional sobre Biodiversidade e Áreas de Conservação, que decorre em Luanda até sexta-feira.
Desafios à biodiversidade e políticas de conservação
João Lourenço sublinhou a importância de um esforço global coordenado para enfrentar a perda de biodiversidade, destacando a necessidade de apoio técnico e financeiro para os países em desenvolvimento. O presidente reafirmou que o Governo angolano, com o suporte de fundos internacionais, tem adotado diversas medidas para fortalecer a conservação, como a reintrodução de girafas nos Parques Nacionais da Quiçama e do Iona e a construção de postos de fiscalização.
Além disso, foram implementados projetos para aumentar o número de fiscais nas áreas protegidas, realizar levantamentos da fauna nos parques nacionais e desenvolver ecoturismo como forma de gerar renda e sensibilizar a população para a preservação ambiental.
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Biodiversidade única e objetivos para o futuro
Angola é rica em biodiversidade, com cerca de 5.000 espécies de plantas, das quais 1.200 são endémicas. Entre as espécies emblemáticas do país estão a Palanca-Negra-Gigante e a Welwitschia Mirabilis, planta resistente que sobrevive no deserto do Namibe. O Presidente destacou a importância estratégica do país nas rotas migratórias de várias espécies, como os elefantes africanos e diversas aves aquáticas.
O governo angolano anunciou ainda a intenção de expandir as áreas de conservação, aumentando a cobertura de 13% para 16%. Estão previstas novas áreas de conservação nas províncias do Huambo, Kwanza Sul e Uige, além da criação da primeira área de conservação marinha, na costa da província do Namibe.
Angola avança com novos projetos de preservação
A nível nacional, o país conta atualmente com 14 áreas de conservação terrestre, que incluem nove parques nacionais e várias reservas naturais. Em julho de 2016, Angola também aprovou 11 zonas húmidas para serem candidatas a Sítios Ramsar, uma classificação internacional de importância ecológica. Com estas iniciativas, Angola continua a reforçar a sua posição como um pilar essencial na preservação da biodiversidade africana.
M.S.
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