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Elétricos do Porto serão equipados com travagem automática até 2027

Elétrico do Porto
Elétricos do Porto serão equipados com travagem automática até 2027 © Porto Canal

A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), em colaboração com o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), está a desenvolver um sistema de travagem automática para os elétricos da cidade, com previsão de conclusão até o final de 2027. A iniciativa visa aumentar a segurança dos passageiros, especialmente em situações de emergência envolvendo os guarda-freios, como casos de incapacidade súbita.


Sistema de travagem automática para mais segurança

Atualmente em fase de projeto-piloto, o sistema está a ser testado e, quando finalizado, será implementado nos sete elétricos que ainda operam na cidade, num investimento total de cerca de 400 mil euros. O ano passado, quase 639 mil pessoas viajaram nos elétricos da STCP, que, embora tenha um caráter predominantemente turístico, continua a ser uma opção de transporte para muitos portuenses, especialmente aqueles que beneficiam do passe Andante.


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José Castro Vide, diretor da unidade do carro elétrico da STCP, destaca que, apesar de os elétricos terem um forte apelo turístico, "há muitos portuenses que os utilizam no seu dia-a-dia", sublinhando que a segurança dos passageiros e a operação dos veículos são prioridades para a empresa. O novo sistema de travagem automática verifica as condições de condução do guarda-freio, e em caso de incapacidade do condutor, o sistema aciona automaticamente os travões, evitando qualquer risco de circulação descontrolada.


Desafios e inovações na adaptação histórica dos veículos

A resposta dos guarda-freios tem sido muito positiva, pois a tecnologia oferece mais segurança tanto para os condutores quanto para os passageiros e peões. Contudo, a implementação da nova tecnologia tem desafios específicos. O primeiro elétrico a ser adaptado tem cerca de 85 anos, o que exige uma abordagem cuidadosa para integrar as alterações tecnológicas sem comprometer o valor histórico do veículo.


"Temos de garantir que as mudanças sejam compatíveis com o lado histórico dos elétricos. O objetivo é que as alterações sejam invisíveis, respeitando a estética e a integridade do design original dos veículos", explica José Barbosa, engenheiro de desenvolvimento de produto do INEGI.

Embora o modelo inicial já esteja em funcionamento, tanto a STCP como o INEGI continuam a aprimorar o sistema, trabalhando numa versão 2.0 da tecnologia que incluirá redundâncias para minimizar o risco de falhas. Além disso, estão a explorar melhorias adicionais, como a automatização do areeiro, que ajuda a aumentar o atrito entre a roda e o carril, essencial para o processo de travagem.


Com o avançar do projeto, a STCP e o INEGI continuam a investir na modernização do transporte público no Porto, garantindo não apenas a preservação da sua história, mas também a segurança e o conforto dos seus utilizadores.


M.S.


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