Estudante da USP é morta após desaparecer em SP
- Beatriz S. Nascimento
- 20 de abr.
- 2 min de leitura

Bruna Oliveira da Silva, estudante de mestrado na Universidade de São Paulo (USP), foi encontrada morta na última quinta-feira, 17 de abril, com sinais de agressão, nos fundos de um estacionamento próximo ao Terminal Itaquera, na zona leste de São Paulo. A jovem de 28 anos estava desaparecida desde o domingo anterior, dia 13, quando deixou a casa do namorado, na zona oeste da capital, e se dirigia à sua residência.
Últimos registos em vídeo
Imagens de câmaras de segurança obtidas pela imprensa local mostram Bruna a sair da estação de metro Corinthians-Itaquera e a caminhar em direção à sua casa, situada a cerca de 20 minutos a pé do terminal. Nas primeiras sequências, é possível vê-la a atravessar a rua e a seguir por um trajeto habitual. Contudo, numa das filmagens seguintes, a jovem já não aparece. A polícia acredita que ela foi abordada ou seguida entre os pontos cobertos pelas câmaras de vigilância.
Desaparecimento e investigações em curso
Segundo relatos da família, Bruna contactou a mãe por volta das 22h00 de domingo, referindo que tinha perdido o autocarro e que o telemóvel estava com pouca bateria. A mãe transferiu-lhe dinheiro para solicitar um carro por aplicação, mas, após as 22h20, não houve mais qualquer atividade no dispositivo da estudante.
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O desaparecimento foi comunicado às autoridades na manhã seguinte. Quatro dias depois, o corpo foi localizado na Avenida Miguel Ignácio Curi, despido, exceto pelas roupas íntimas, e com sinais visíveis de agressão. A identificação foi feita pela família no Instituto Médico Legal (IML) com base nas tatuagens da jovem.
A investigação está a ser conduzida pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que ainda não revelou informações sobre suspeitos ou a causa da morte. A Secretaria da Segurança Pública informou, em comunicado, que as diligências estão em andamento “visando o total esclarecimento dos factos”.

Vítima era ativista feminista e mãe
Bruna era mestranda no curso de Mudança Social e Participação Política da USP. Defensora ativa dos direitos das mulheres, era conhecida pelo seu envolvimento em causas feministas e pela denúncia da violência de género. Era também mãe de um menino de sete anos.
A mãe de Bruna, profundamente abalada, afirmou que a filha lutava contra a violência de género e “morreu exatamente como mais temia”. Já o pai destacou o espírito altruísta da filha: “Ela vivia num mundo em que acreditava que todas as pessoas eram boas. Era uma criança gigante, sem qualquer maldade.”
O caso provocou comoção nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a violência contra as mulheres no Brasil.
B.N.
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