Família de Mulher Assassinada no Porto Exige 225 mil € de Indemnização
- Monica Stahelin
- 29 de abr.
- 2 min de leitura

A família de Sónia Escobar, assassinada a tiro pelo ex-companheiro em julho de 2023, na zona da Areosa, no Porto, exige uma indemnização de 225 mil euros.
A quantia é reclamada pela mãe da vítima, em nome do neto de 11 anos, atualmente sob a sua guarda.
O pedido foi formalmente apresentado no processo que será julgado no Tribunal de S. João Novo, no Porto.
No requerimento, os assistentes reconhecem que é impossível quantificar o valor de uma vida humana, mas defendem que a compensação deverá, dentro do possível, minorar a dor irreparável causada pela perda de uma filha e mãe. A exigência dirige-se a Paulo Nogueira, de 51 anos, acusado de homicídio qualificado.
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Crime Cometido por Ciúmes e com Recurso a Arma de Fogo
Segundo a acusação, o homicida disparou dois tiros de caçadeira à queima-roupa contra Sónia, de 48 anos, na loja “Mais Essência”, propriedade da vítima. O ato foi motivado por ciúmes obsessivos, após o fim de uma relação de cinco anos. Incapaz de aceitar a separação, Paulo Nogueira perseguiu Sónia, tendo instalado um GPS no carro da ex-companheira e uma aplicação no telemóvel para vigiar os seus movimentos.
No dia 8 de julho, após ver o carro de Sónia estacionado com outro homem, Paulo permaneceu à sua espera durante horas. Mais tarde, invadiu a loja, partiu o vidro da porta com uma chave de boca e, já munido da caçadeira do pai, entrou e matou Sónia a curta distância. O crime ocorreu pelas 19h30, em plena luz do dia.
Entrega Voluntária e Prisão Preventiva
Após o homicídio, Paulo Nogueira dirigiu-se à GNR, onde se entregou e confessou o crime. Foi colocado em prisão preventiva e permanece detido no Estabelecimento Prisional do Porto. A arma usada foi deixada em casa dos pais, em Estarreja, onde o pai do arguido a limpou e retirou os cartuchos. Apesar disso, o Ministério Público concluiu que não havia responsabilidade criminal por parte do pai.
O julgamento por homicídio qualificado decorrerá perante um coletivo de juízes, num processo que promete marcar a agenda judicial da cidade do Porto nos próximos meses.
M.S.
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Prisão perpétua nele!