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França em Fúria: Protestos “Bloqueiem Tudo” e Confrontos com a Polícia


Policiais com equipamento antimotim entram em confronto com manifestantes em Paris
França em Fúria: Protestos “Bloqueiem Tudo” e Confrontos com a Polícia © Reuters

Mais de 250 detidos em Paris durante a campanha nacional de greves e manifestações que paralisam transportes e serviços públicos.


Protestos Atingem Cidades e Transportes em Todo o País

França encontra-se mergulhada numa vaga de protestos intensos com a campanha “Bloqueiem Tudo”, que tem como objetivo paralisar infraestruturas essenciais e serviços em diversas cidades. Em Paris, mais de 100 pessoas foram detidas, sobretudo perto do principal terminal Eurostar na Gare du Nord. Em vários locais, como Lyon, Montpellier e Nantes, manifestantes bloquearam estradas, estações ferroviárias e universidades, recorrendo mesmo a barricadas e pneus incendiados para impedir a circulação.


A polícia respondeu com gás lacrimogéneo durante confrontos violentos com os manifestantes. Em Lyon, por exemplo, cerca de 100 pessoas tentaram interromper o tráfego ferroviário na estação Perrache, levando as autoridades a intervir com força.



Contexto Político e Reações das Autoridades

Esta vaga de protestos surge menos de 24 horas após a nomeação do sétimo primeiro-ministro de Emmanuel Macron em menos de nove anos, Sebastien Lecornu, que prometeu continuar o plano de austeridade que motivou a contestação.


O ex-primeiro-ministro François Bayrou deixou o cargo após perder uma moção de confiança no parlamento, na sequência da sua proposta de cortes no gasto público que incluíam redução de feriados, congelamento de pensões e despedimento de milhares de funcionários públicos.


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O ministro do Interior cessante, Bruno Retailleau, denunciou o movimento como sendo capturado pela extrema-esquerda, caracterizando-o como uma “atitude insurreccional” que não representa a cidadania. Já os manifestantes, entre os quais muitos jovens, expressam frustração e descontentamento generalizado com o governo.


A campanha, apoiada principalmente pelo maior sindicato do país, a CGT, inclui ainda bloqueios em depósitos de combustível, manifestações nas cidades e operações de lentidão no trânsito, prevendo-se que afecte viagens nacionais e internacionais. A falta de uma liderança centralizada faz lembrar o movimento dos Coletes Amarelos, conhecido pela sua mobilização popular e impacto económico significativo.


M.S.


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