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Fraude no INSS ameaça contas públicas, alerta economista

Fachada do palácio do congresso nacional
Fraude no INSS ameaça contas públicas, alerta economista ©Andressa Anholete

A economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitória, alertou que o orçamento público poderá sofrer um impacto fiscal considerável caso o Governo seja responsabilizado pelo ressarcimento de valores cobrados indevidamente a reformados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Brasil.


As investigações em curso, conduzidas pela Controladoria-Geral da União (CGU) em conjunto com a Polícia Federal, apontam para irregularidades em descontos aplicados sobre benefícios da Segurança Social. A estimativa preliminar da CGU é de que as cobranças indevidas tenham somado cerca de 6,3 mil milhões de reais entre 2019 e 2024.


“Se o Governo tiver de assumir apenas 4 mil milhões de reais, já será um impacto fiscal relevante. Não há margem no orçamento para isso”, afirmou a economista em entrevista à CNN.

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Descontos não autorizados e irregularidades crescentes

Segundo a CGU, os valores descontados aumentaram de forma contínua desde 2020, com um crescimento acentuado de 119% entre 2023 e 2024. Uma auditoria realizada pelo órgão revela que 97,6% dos beneficiários ouvidos – num universo de 1.273 – afirmaram não ter autorizado os descontos, enquanto 95,9% declararam não estar filiados a qualquer associação.


A economista defende a necessidade de uma revisão rigorosa dos programas sociais, de modo a identificar beneficiários indevidos e prevenir novos casos de fraude. “O número de benefícios do INSS e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) aumentou bastante nos últimos anos. Esta aceleração nos descontos está claramente ligada às irregularidades”, sublinhou.


Críticas à má gestão dos recursos públicos

Vitória também salientou que os gastos públicos enfrentam críticas não apenas pelo seu volume, mas pela sua má alocação. “O Governo dificilmente atingirá um superavit primário no próximo ano. É essencial rever os programas existentes, para evitar prejuízos tanto para o Estado como para os cidadãos. Gastamos muito e gastamos mal”, concluiu.


A CGU prepara um novo relatório com base nas visitas efectuadas às entidades envolvidas, cujo conteúdo deverá ser divulgado em breve, trazendo mais pormenores sobre as fraudes detectadas.


B.N.


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1 Comment


Pedro Mendes
Apr 30

A maior fraude existente e o próprio INSS, ninguém daqui para frente vai se aposentar!

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