Governo age para travar crise no INSS e evitar novo escândalo
- Beatriz S. Nascimento
- 3 de mai.
- 2 min de leitura

O Palácio do Planalto decidiu reforçar a resposta à crise relacionada com os descontos indevidos em pensões e reformas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Executivo pretende contactar directamente os cerca de 40 milhões de beneficiários da Previdência Social, numa tentativa de evitar que o episódio ganhe contornos semelhantes ao chamado “caso Pix”.
Comunicação em duas frentes
A estratégia delineada prevê duas abordagens distintas. Aos segurados que tiveram descontos aplicados, será explicado se as cobranças foram legais. Caso se confirmem irregularidades, os mesmos serão informados sobre o processo de reembolso. Para os restantes, a mensagem será de tranquilização, assegurando que os benefícios permanecem inalterados e que não existem deduções a contestar.
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Lição do “caso Pix” molda reacção do Governo
Fontes próximas do Governo admitem que a medida tem um forte peso político. O receio é que, tal como aconteceu com o “caso Pix” — quando uma mudança técnica nas regras de partilha de dados entre instituições financeiras e o Banco Central foi mal interpretada e amplamente explorada pela oposição —, a falta de comunicação clara possa gerar desinformação e alimentar teorias conspirativas.
Nesse sentido, a orientação é clara: agir com rapidez e transparência, de forma a preservar a confiança dos cidadãos no sistema de segurança social e nas instituições públicas. Segundo fontes do Executivo, mesmo os beneficiários que não sofreram qualquer desconto estão a procurar confirmação sobre a situação dos seus pagamentos, o que evidencia a necessidade de um esclarecimento amplo e eficaz.
B.N.
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