Governo conclui versão beta do ChatGPT português Amália
- Monica Stahelin
- 21 de mar.
- 2 min de leitura

O Governo português revelou esta quinta-feira que a versão beta do modelo de linguagem português Amália, com tecnologia similar à do ChatGPT, será concluída este mês, cumprindo o calendário previamente estabelecido. A versão preliminar do modelo de inteligência artificial (IA) "tem capacidade para receber e interpretar instruções em formato de texto e responder com base no conhecimento adquirido, embora ainda não possua conhecimento especializado", conforme foi explicado num comunicado conjunto dos ministérios da Juventude e Modernização e da Educação, Ciência e Inovação.
Esta versão inicial do modelo será fundamental para o treino e desenvolvimento das versões subsequentes. A versão base do Amália está prevista para o terceiro trimestre de 2025, enquanto a versão multimodal, que incluirá capacidades mais avançadas, deverá ser lançada no segundo trimestre de 2026. Neste momento, a versão beta será disponibilizada para investigadores dos centros de investigação envolvidos no consórcio do projeto.
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Universidades e centros de investigação lideram projeto Amália
A execução operacional do LLM (grande modelo de linguagem) português está a cargo da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Após os 18 meses iniciais de desenvolvimento, estas entidades serão responsáveis pela infraestrutura necessária para alojar e disponibilizar o Amália para a comunidade em formato de código aberto (open source), de forma gratuita.
O Governo reiterou que, para o desenvolvimento do projeto Amália, não há envolvimento de entidades privadas, sendo as únicas responsáveis as entidades públicas mencionadas. Em janeiro deste ano, foi nomeado um Comité de Acompanhamento Especializado, presidido por Arlindo Oliveira, presidente do INESC e professor catedrático no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, e composto por especialistas em IA, como Goreti Marreiros, presidente da Associação Portuguesa para Inteligência Artificial, e Daniela Braga, do consórcio Accelerat.ai, entre outros.
O projeto de desenvolvimento do Amália, uma iniciativa do Governo, está a ser liderado pelos ministérios da Juventude e Modernização e da Educação, Ciência e Inovação, com um investimento de 5,5 milhões de euros financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O treino e desenvolvimento do modelo está a ser realizado por cinco instituições de ensino superior públicas, nomeadamente a Universidade Nova de Lisboa, o Instituto Superior Técnico, a Universidade de Coimbra, a Universidade do Porto e a Universidade do Minho. O projeto também conta com a colaboração de centros de investigação como o NOVA LINCS, o IT, o INESC-ID, o INESC-TEC, o CISUC e o ALGORITMI, além de investigadores da Universidade da Beira Interior e da Universidade de Évora.
M.S.
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