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Hamas aceita cessar-fogo, mas Israel nega acordo, dizem fontes

Atualizado: 16 de jan.

Prédios destruídos na Faixa de Gaza durante conflito entre Israel e Hamas
Hamas aceita cessar-fogo, mas Israel nega acordo, dizem fontes © Kai Pfaffenbach/Reuters

O Hamas aceitou verbalmente uma proposta de cessar-fogo em Gaza e a devolução de reféns, conforme informações divulgadas por um oficial palestino à agência de notícias Reuters. A proposta foi mediada por negociadores do Catar, Egito e Estados Unidos. Contudo, a confirmação oficial ainda aguarda a documentação do acordo para ser formalizada.


De acordo com o jornal israelense Haaretz, um anúncio sobre o possível acordo será feito numa coletiva de imprensa em Doha, mas o gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu desmentiu a informação, afirmando que o Hamas ainda não concordou com a proposta.


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As negociações entre as autoridades do Catar, Egito, Estados Unidos, Israel e o Hamas continuam em andamento. A proposta inclui, caso seja aprovada, um cessar-fogo inicial de seis semanas. Durante este período, 33 reféns israelenses seriam libertados em troca de prisioneiros palestinos, e as forças israelenses começariam uma retirada gradual do centro de Gaza. Além disso, os palestinos deslocados do norte da Faixa de Gaza poderiam retornar às suas casas.


A segunda fase do acordo prevê a libertação de todos os reféns restantes, um cessar-fogo permanente e a retirada total das forças israelenses de Gaza. Estima-se que cerca de 100 reféns israelenses, vivos ou mortos, estejam sob custódia do Hamas desde os ataques de 7 de outubro de 2023.


Uma das questões mais controversas nas negociações diz respeito ao futuro governo de Gaza após o conflito. O governo israelense rejeita qualquer envolvimento do Hamas, que já governava a região antes da guerra, e também se opõe ao retorno da Autoridade Palestina, entidade criada pelos acordos de paz de Oslo. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, defendeu nesta terça-feira que a Autoridade Palestina deveria assumir o governo da área.


As negociações estão sendo apressadas, pois as autoridades dos EUA esperam concluir um acordo antes da posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro. Enquanto isso, a crise humanitária em Gaza continua a se agravar, com mais de 46 mil mortos desde o início do conflito, de acordo com fontes palestinas, e milhões de pessoas deslocadas em toda a região.


M.S.

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