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Homem Confessa Fornecer Morada a Imigrantes Sem Saber Ser Crime

Na imagem aparece uma rua com carros estacionados nos dois cantos, com uma pessoa andando ao fundo
Homem Confessa Fornecer Morada a Imigrantes Sem Saber Ser Crime © Daniel Rocha

Rippon Hossain, acusado de liderar rede de auxílio à imigração ilegal, afirmou em tribunal que não tinha consciência de que a prática era ilegal. O esquema envolvia a utilização de moradas para legalizar imigrantes na Junta de Freguesia da Penha de França, em Lisboa.


O julgamento de Rippon Hossain, de 49 anos, teve início nesta terça-feira no Tribunal Central Criminal de Lisboa. O homem, natural do Bangladesh e cidadão português desde março de 2022, admitiu ter fornecido a sua morada a imigrantes, principalmente do Bangladesh, para que pudessem regularizar a sua situação em Portugal. Contudo, Hossain afirmou não saber que essa prática constituisse crime.


“Cada vez que fornecia a morada às pessoas, ia sempre à Junta [de Freguesia da Penha de França] perguntar se havia problema e sempre diziam que não. Não sabia que era considerado um crime. Se soubesse que era crime, não o teria cometido e lamento”, disse o acusado, através de intérprete, durante a audiência.

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Esquema de Moradas Falsas Envolvia Funcionário da Junta

O Ministério Público acusa Hossain de ser o mentor de uma rede criminosa que explorava imigrantes ilegais através da falsificação de moradas. Através do fornecimento de moradas de cidadãos portugueses, incluindo o próprio Rippon Hossain, a rede permitia que os imigrantes conseguissem atestados de residência para obter a legalização.


O esquema foi denunciado pela Junta de Freguesia da Penha de França em 2022, e, em junho de 2024, 30 pessoas foram acusadas pelo Ministério Público. Durante o julgamento, Hossain alegou que a sua motivação para fornecer moradas foi a de ajudar compatriotas que, sem residência fixa, viviam em hostels ou pensões. O acusado afirmou que recebia entre cinco e dez euros por cada morada fornecida, e que, quando algum imigrante obtinha o cartão de residência, ele recebia valores mais altos, entre 50 e 60 euros.


A rede contava com a colaboração de um funcionário da Junta de Freguesia, que, segundo a acusação, alertava os intermediários sempre que uma morada fosse considerada suspeita. O funcionário público está sendo acusado de abuso de poder, enquanto os outros envolvidos enfrentam acusações de auxílio à imigração ilegal, falsificação de documentos e associação criminosa.


O julgamento continua com sessões agendadas até maio, e o tribunal irá ouvir os depoimentos dos 26 arguidos que iniciaram o julgamento, com um deles a faltar à sessão e outros 13 a desejarem falar.


M.S.


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1 Comment


Alicia Bento
Feb 04

Deve ter feito muito dinheiro com isso, aproveitam as necessidades dos outros para fazer dinheiro do nada, ainda bem que o assunto já está a ser tratado.

Edited
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