Israel expande operações em Gaza e confirma ataque a edifício da ONU
- Monica Stahelin
- 2 de abr.
- 2 min de leitura

Israel anunciou nesta quarta-feira (2) a expansão de suas operações militares em Gaza, com a ocupação de grandes áreas do território que serão integradas às zonas de segurança do país. O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que a medida visa reforçar a segurança de Israel, embora não tenha especificado quais áreas seriam anexadas. Katz também destacou que será realizada uma evacuação em grande escala das populações afetadas pelos combates, enquanto continuava a apelar aos habitantes de Gaza para que eliminassem o Hamas do território.
O ministro reiterou que o retorno dos reféns israelenses, mantidos pelo Hamas, permanece como a única solução para encerrar o conflito. Israel já havia aumentado as zonas de segurança em Gaza, incluindo o corredor de Netzarim, no centro do território, além das áreas de proteção próximas às suas fronteiras.
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Ataque a edifício da ONU e vítimas em Gaza
No mesmo dia, as Forças Armadas israelenses confirmaram um ataque a um edifício da ONU no campo de refugiados de Jabaliya, ao norte de Gaza, onde estavam combatentes do Hamas. O Exército israelense afirmou que o edifício era utilizado como um centro de comando e controle para coordenar atividades terroristas do grupo. A operação resultou em 19 mortos, de acordo com a agência de Defesa Civil de Gaza, controlada pelo Hamas. Além disso, o local abrigava uma clínica das Nações Unidas, que também foi afetada pela ação.
Retomada do conflito e fim do cessar-fogo
Israel retomou os ataques aéreos e terrestres em Gaza no início deste mês, após o fim do cessar-fogo que havia sido mediado pelos Estados Unidos, em outubro de 2023. O cessar-fogo permitiu a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, mas a trégua foi rompida, e os confrontos foram reiniciados. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a pressão militar será intensificada até que todos os 59 reféns israelenses, ainda sob custódia do Hamas, sejam libertados.
O contexto do conflito
O conflito entre Israel e o Hamas teve início em outubro de 2023, após um ataque do grupo terrorista Hamas em território israelense, que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de mais de 200. Como resposta, Israel iniciou uma grande operação militar em Gaza, com o objetivo de destruir as infraestruturas do Hamas e reduzir a ameaça que o grupo representa. O conflito tem causado uma grave crise humanitária em Gaza, e, de acordo com estimativas do Ministério da Saúde de Gaza, mais de 50.000 palestinos perderam a vida nos quase 18 meses de confrontos.
M.S.
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