Israel invade a Cisjordânia pela primeira vez em mais de 20 anos
- Monica Stahelin
- 24 de fev.
- 2 min de leitura

As Forças de Defesa de Israel (IDF) realizaram uma operação militar na Cisjordânia neste domingo (23), com tanques de guerra, marcando a primeira invasão na região desde 2002. A ofensiva, que se intensificou nas últimas semanas, teve como foco a cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia, e foi lançada com o objetivo declarado de combater militantes palestinos.
Evacuação em Massa e Destruição em Jenin
A invasão resultou na evacuação de cerca de 40 mil palestinos dos campos de refugiados de Jenin, Tulkarem e Nur Shams. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou que esses campos foram totalmente esvaziados e que a ordem era de não permitir que os moradores retornassem. O governo israelense também ordenou que os soldados se preparassem para uma estadia prolongada na região, com planos para manter as tropas no local durante o próximo ano.
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Segundo relatos da agência de notícias palestina Wafa, a ofensiva deixou ao menos 27 mortos, dezenas de feridos e mais de 160 detidos. A destruição em Jenin e outras áreas envolvidas incluiu a demolição de casas, a destruição de infraestruturas vitais, como estradas, linhas de energia e encanamentos de água, além de veículos civis. Esses ataques têm gerado temores de uma nova escalada, comparada à situação da Faixa de Gaza.
Tensões no Contexto do Cessar-Fogo
A invasão ocorre em um contexto de crescente tensão, com o Hamas denunciando uma violação do cessar-fogo por parte de Israel. O governo de Netanyahu havia adiado a libertação de prisioneiros palestinos, contrariando os termos do acordo. Esse adiamento gerou críticas do Hamas, que pressionou mediadores internacionais para garantir o cumprimento da trégua.
A primeira fase do cessar-fogo, com duração de 42 dias, está prevista para terminar em 2 de março, e a segunda fase deverá envolver a retirada gradual das tropas israelenses da Cisjordânia.
M.S.
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