Israel liberta centenas de palestinianos em troca de corpos de reféns
- Monica Stahelin
- 27 de fev.
- 2 min de leitura
Israel iniciou a libertação de mais de 600 palestinianos, incluindo mulheres e crianças, como parte de um acordo de cessar-fogo com o Hamas. Esta libertação ocorre poucos dias antes do fim da primeira fase do cessar-fogo, previsto para este fim de semana.
A libertação dos prisioneiros começou na manhã de quinta-feira, após uma série de atrasos por parte das autoridades israelitas. Centenas de palestinianos, entre eles mulheres e crianças, foram entregues às suas famílias na Cisjordânia e Gaza, gerando cenas de emoção e reencontros.
Troca de reféns e a amargura da libertação incompleta
Como parte do acordo, o Hamas entregou os corpos de quatro reféns que foram posteriormente devolvidos a Israel, culminando num gesto simbólico de troca de prisioneiros. No entanto, as comemorações foram amargas, pois muitos prisioneiros ainda continuam detidos. Alguns dos ex-prisioneiros relatam os horrores das suas experiências, incluindo 90 dias de cativeiro, com os olhos vendados e algemados durante várias horas.
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Este ato de libertação marca a última troca de reféns antes da expiração do cessar-fogo, deixando no ar a incerteza sobre o futuro da paz na região. O processo foi marcado por atrasos e protestos de Israel, que se opôs às cerimónias de entrega organizadas pelo Hamas, onde reféns israelitas pareceram demonstrar respeito pelos seus captores, o que gerou tensões adicionais.
Cessar-fogo fragilizado e condições de vida em Gaza
Após um ano de ataques e destruição em Gaza, onde mais de 48.000 palestinianos foram mortos, o cessar-fogo de janeiro trouxe alguma paz, mas a situação permanece precária. As condições de vida em Gaza são devastadoras, com crianças palestinianas a morrerem de frio devido à destruição das infraestruturas e às baixas temperaturas.
Enquanto a primeira fase do cessar-fogo se aproxima do fim, a possibilidade de uma extensão ainda está em aberto, com negociações em curso sobre a segunda fase. A incerteza continua, especialmente após as recentes declarações de Benjamin Netanyahu, que afirmou estar preparado para retomar os ataques a qualquer momento, seja por meios diplomáticos ou militares.
M.S.
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