Israel revela que oito reféns libertados em cessar-fogo estão mortos
- Monica Stahelin
- 29 de jan.
- 2 min de leitura
O governo israelense informou, nesta terça-feira, 28 de janeiro, que oito dos 33 reféns a serem libertados pelo Hamas durante a primeira fase do cessar-fogo estão mortos. A revelação foi feita por David Mencer, porta-voz do governo de Israel, que detalhou a situação dos cativos durante um briefing à imprensa.
Mortes atribuídas ao Hamas
De acordo com Mencer, os outros 25 reféns que também serão libertados nas próximas fases do acordo estão vivos, incluindo os sete que já haviam sido libertados nas últimas duas semanas. A informação sobre o estado dos reféns foi obtida após o recebimento de uma lista oficial do Hamas, que inclui o nome dos cativos. No entanto, o grupo palestino tem se mantido em silêncio quanto à causa da morte dos oito reféns. O governo israelense, por sua vez, acusou o Hamas de ser responsável pelas mortes, afirmando que os reféns foram assassinados pelo grupo armado durante o período de cativeiro.
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As autoridades israelenses não forneceram mais detalhes sobre as circunstâncias exatas das mortes, o que tem gerado apreensão entre os familiares dos cativos. A falta de transparência sobre o que ocorreu com os reféns mortos deixa muitas perguntas sem resposta, especialmente em relação às condições em que foram mantidos durante o período de cativeiro.
Acordo de Cessar-Fogo e Libertação de Reféns
A primeira fase do acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor no dia 19 de janeiro, prevê a libertação de reféns que haviam sido capturados pelo Hamas e outros grupos armados palestinos durante os ataques de 7 de outubro de 2023.
Além da libertação dos reféns, o governo israelense também concordou em liberar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos como parte do acordo. A liberação seguirá uma fórmula: 50 prisioneiros palestinos para cada mulher israelense das Forças Armadas e 30 para os outros prisioneiros.
Retorno dos Palestinos Deslocados e Devastação em Gaza
O cessar-fogo também trouxe um alívio significativo para a população de Gaza, especialmente para os mais de 200 mil palestinos que estavam deslocados devido ao conflito. A 27 de janeiro, Israel desbloqueou um corredor humanitário que liga as duas extremidades da Faixa de Gaza, permitindo o retorno dos palestinos ao norte do enclave. No entanto, o cenário é desolador. A área foi severamente destruída após mais de um ano de bombardeios aéreos e terrestres, com estimativas indicando que cerca de 90% das infraestruturas locais foram danificadas ou destruídas.
M.S.
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