João Lourenço reforça compromisso de Angola com o clima
- Monica Stahelin
- 24 de abr.
- 2 min de leitura

O Presidente de Angola, João Lourenço, discursou esta quarta-feira na reunião de Líderes sobre o Clima e a Transição Justa, que ocorreu de forma virtual.
Durante o seu discurso, o Chefe de Estado reafirmou o compromisso do país com a luta contra as alterações climáticas, sublinhando a importância de acções concretas para mitigar os impactos socioeconómicos causados por este fenómeno.
Lourenço destacou que a República de Angola, como muitos outros países africanos, tem sido severamente afectada pelos impactos das alterações climáticas. Nesse sentido, sublinhou a necessidade de tomar medidas urgentes para reduzir a intensidade carbónica e aumentar a resiliência do país, especialmente nos sectores da agricultura, segurança alimentar, gestão de recursos hídricos e saúde pública.
Planos de adaptação e monitorização
O Presidente revelou que, até setembro deste ano, Angola irá apresentar a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC 3.0), com metas ousadas para diminuir as emissões de carbono. Além disso, o país submeterá pela primeira vez à Convenção-Quadro das Nações Unidas o seu Plano Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas. Este plano incluirá acções para melhorar a resiliência do país aos efeitos das mudanças climáticas.
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Além disso, o governo angolano pretende operacionalizar o Sistema Nacional de Monitorização, Reporte e Verificação, e colocar em funcionamento o Observatório Climático e Ambiental, dois mecanismos destinados a melhorar a recolha de dados e informações sobre o impacto das mudanças climáticas em Angola.
COP30 e financiamento climático
Lourenço também ressaltou a relevância da COP30, que acontecerá em 2025, comemorando os 30 anos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas e os 10 anos do Acordo de Paris. O Presidente de Angola espera que a conferência traga resultados concretos, especialmente no que diz respeito ao acesso ao financiamento climático para os países em desenvolvimento. Lourenço enfatizou que a transição climática será justa apenas se houver um compromisso real e acessível com o financiamento necessário para apoiar os países nesse processo.
O Chefe de Estado finalizou o seu discurso defendendo o multilateralismo como ferramenta essencial para a construção de uma transição climática que também seja económica e socialmente justa, salientando a importância de alcançar um equilíbrio entre a adaptação climática e o desenvolvimento sustentável.
Compromisso com a justiça climática
Lourenço concluiu o seu discurso enfatizando que a justiça climática não será alcançada sem uma colaboração eficaz entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, baseada no financiamento, na transferência de tecnologias e em parcerias estratégicas.
“A transição só será justa se o compromisso de financiamento for honrado, permitindo que os países em desenvolvimento aumentem sua resiliência e enfrentem os desafios impostos pelas alterações climáticas”, concluiu o Presidente de Angola.
M.S.
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