Luanda retoma comboios para Luinha após surto de cólera
- Monica Stahelin
- 8 de mai.
- 2 min de leitura
O Caminho de Ferro de Luanda (CFL) anunciou a retoma da circulação de comboios de passageiros e carga entre Luanda e Luinha, na província do Cuanza Norte, a partir desta quinta-feira, 8 de maio.
O serviço ferroviário foi interrompido temporariamente devido ao surto de cólera que afetou a região, mas agora, com a melhoria da situação sanitária, os comboios irão voltar a operar.
Retomada do Serviço Ferroviário
De acordo com um comunicado emitido pelo CFL, o comboio partirá da estação dos Musseques, em Luanda, às 06:00 horas de quinta-feira, 8 de maio, e irá servir várias estações ao longo do percurso, incluindo Zenza do Itombe, Ndalawi (Beira Alta), Múria e, finalmente, Luinha. O serviço de regresso do Luinha a Luanda será realizado na sexta-feira, 9 de maio, com a partida marcada para às 07:00 horas.
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A retoma deste serviço é vista como uma medida importante para recuperar o principal meio de transporte de Luinha, uma localidade rural que, devido à suspensão dos comboios, estava praticamente isolada da capital. A interrupção do transporte ferroviário foi uma decisão das autoridades locais em março deste ano, após o surto de cólera na região ter causado a morte de pelo menos 16 pessoas em apenas um fim de semana.
Impacto do Surto de Cólera e Medidas Adotadas
O surto de cólera em Angola teve início em janeiro de 2025 e, até o momento, já resultou em 18.420 casos confirmados e 586 óbitos em todo o país. A doença se espalhou por 17 das 21 províncias angolanas, levando as autoridades a implementarem medidas rigorosas para controlar a propagação da bactéria, incluindo o isolamento de áreas afetadas e a suspensão temporária de vários serviços essenciais, como o transporte ferroviário.
Em Luinha, a cerca sanitária imposta com o objetivo de conter a disseminação da cólera dificultou ainda mais a vida dos moradores, que dependem do comboio para se deslocarem até Luanda. Com a retomada do serviço, a localidade de Luinha recupera um dos seus principais meios de comunicação com a capital angolana, facilitando o transporte de pessoas e carga.
Apesar da retoma do serviço ferroviário, o surto de cólera continua a ser uma preocupação significativa para as autoridades sanitárias do país, que seguem monitorizando a situação e intensificando as campanhas de vacinação e conscientização sobre medidas preventivas.
M.S.
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