Lula critica elite brasileira e anuncia verbas para educação no Rio
- Monica Stahelin
- 15 de abr.
- 2 min de leitura

Durante a inauguração do novo campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez duras críticas à elite brasileira e anunciou uma série de investimentos na área da educação.
Num discurso marcado por tom emotivo, Lula afirmou que a elite brasileira “deveria ter vergonha” pela histórica falta de compromisso com a educação pública. “Este país foi o último a acabar com a escravidão, o último a fazer a independência, o último a dar o voto à mulher e o último a criar uma universidade federal”, declarou, lamentando o atraso educacional no país.
“Precisou um operário sem diploma fazer o que não fizeram”
Lula, que recordou não ter tido acesso ao ensino superior, destacou os avanços educacionais durante os seus mandatos anteriores, mencionando a criação de universidades e institutos federais.
“Precisou um torneiro mecânico sem diploma universitário ser presidente para que o Brasil tivesse o maior número de universidades da sua história”, sublinhou.
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Apesar do apelo emocional, parte das declarações foi contestada por órgãos de verificação de factos. De acordo com o portal UOL Confere, o Brasil não foi o último país a conquistar a independência, nem o último a abolir a escravatura ou a criar universidades públicas — outros países, como a Mauritânia, o Sudão do Sul e a Arábia Saudita, tomaram essas medidas ainda mais tardiamente.
Novos investimentos na educação fluminense
No mesmo evento, ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, do deputado Lindbergh Farias e do prefeito Wladimir Garotinho, Lula apresentou um pacote de investimentos que ultrapassa os R$ 180 milhões em diversas frentes da educação no estado do Rio de Janeiro. Entre os principais anúncios:
Construção do novo campus do Instituto Federal Fluminense (IFF) em Magé, com investimento de R$ 14,1 milhões;
Implantação de 3 creches e 3 escolas de tempo integral em municípios como Itaperuna, São Gonçalo e Volta Redonda, com recursos do novo PAC no valor de R$ 46,5 milhões;
Retomada de 23 obras paralisadas na educação básica, distribuídas entre Campos e outros 12 municípios, num total de R$ 40,9 milhões;
Lançamento do Partiu IF, um programa nacional para promoção de igualdade no acesso ao ensino técnico federal;
Disponibilização de 860 oportunidades no Projovem (Programa Nacional de Inclusão de Jovens), com um investimento de R$ 6,4 milhões e concessão de bolsas mensais no valor de R$ 100 aos participantes;
Chamada pública para cursinhos populares, com oferta de 5.200 bolsas auxílio no valor de R$ 200 mensais para estudantes da rede pública.
Lula reforçou o compromisso do seu governo com a educação como motor de transformação social. “A educação pública não é caridade, é direito. E é com ela que vamos construir um Brasil mais justo e mais igual”, concluiu.
M.S.
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Em busca de se reeleger no próximo ano, fica claro que ele ira apelar para esse tipo de investimento, afinal isso chama a atenção das pessoas que não entendem como isso funciona. O fato é que as Universidades Públicas do Brasil, se tornaram vergonhosamente um local de loucos, diversos vídeos feitos por alunos locais mostram isso, o dinheiro Público tem sido mau gasto a proporcionar uma tal educação superior a todos, enquanto a educação de base deveria ser mais valorizada. O Brasil gasta mais do que arrecada nos últimos anos, e quando se vai ver essa conta vai sair do bolso dos contribuintes para nada, pois a Universidade Pública hoje não tem se mostrado proveitosa para praticamente nada, além de…
É inegável que o Brasil ainda carrega feridas quando o assunto é desigualdade no acesso à educação, e ouvir o presidente Lula resgatar esse debate é importante. Por mais que algumas falas tenham sido exageradas ou imprecisas, o foco na ampliação do ensino público e técnico é algo que merece reconhecimento.