top of page

Lula defende ida à Rússia e reage a críticas políticas

Lula
Lula defende ida à Rússia e reage a críticas políticas © Direitos Reservados

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu esta sexta-feira a sua visita oficial à Rússia, classificando as críticas como uma “exploração política”. Em Moscovo, Lula participou nas cerimónias que assinalaram os 80 anos da vitória sobre o nazismo na Segunda Guerra Mundial, ao lado do homólogo russo, Vladimir Putin, e outros chefes de Estado aliados de Moscovo, como Nicolás Maduro, da Venezuela, e Aleksandr Lukashenko, da Bielorrússia.


A presença do líder brasileiro na parada militar russa gerou controvérsia tanto no Brasil como no cenário internacional. O governo ucraniano foi um dos primeiros a manifestar descontentamento, afirmando que, ao lado de Putin, Lula perde legitimidade como potencial mediador no conflito entre Rússia e Ucrânia.


Em resposta, o chefe de Estado brasileiro afirmou, numa conferência de imprensa antes de embarcar para a China, que “não vê qual é a crítica que se possa fazer a um país que perdeu 26 milhões de jovens durante a Segunda Guerra Mundial ao celebrar uma data tão significativa”. Acrescentou ainda que a sua presença nas comemorações não compromete o papel do Brasil como defensor da paz.


“A posição do Brasil é muito sólida. Independentemente de eu ir à Rússia, à China ou a qualquer outro país, defendemos a paz. É esse o nosso compromisso”, sublinhou.

Publicidade


Multilateralismo e diálogo

Lula explicou que a viagem teve também como objetivo reafirmar o apoio brasileiro ao multilateralismo nas relações internacionais e criticou o avanço de políticas protecionistas: “Querer voltar à teoria do protecionismo não interessa a ninguém, a não ser a quem propôs a ideia.”


O presidente brasileiro revelou que, durante o encontro bilateral com Vladimir Putin, expressou diretamente a posição do Brasil favorável a uma resolução pacífica do conflito na Ucrânia. “Vou continuar a trabalhar e a torcer pela paz. E estou disposto a ajudar, desde que os dois lados queiram a paz”, garantiu.


Repercussões e críticas internas

A visita de Lula foi alvo de críticas por parte da oposição no Brasil, que condenou a proximidade com líderes considerados autoritários. Apesar disso, o presidente reiterou que não se deixará condicionar por pressões políticas: “Se tudo for exploração política, não se pode fazer nada”, afirmou.


Para Lula, a participação nas cerimónias em Moscovo foi um gesto de respeito histórico, e toda a Europa deveria estar a comemorar a data. “O Dia da Vitória pertence à humanidade. Não é exclusivo de um governo ou de outro”, concluiu.


B.N.


Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News

Comments


PODE GOSTAR DE LER...

bottom of page