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Manifestação de Bolsonaro em Brasília reúne apenas 4 mil apoiantes

Manifestação em Brasília
Manifestação de Bolsonaro em Brasília reúne apenas 4 mil apoiantes © Sergio Lima/AFP

Presença foi 90% inferior à registada em São Paulo; ex-presidente voltou a defender anistia total para golpistas do 8 de Janeiro.


A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em defesa da anistia aos condenados pelo ataque às instituições democráticas brasileiras a 8 de Janeiro de 2023 reuniu cerca de 4 mil pessoas esta quarta-feira, 7 de maio, em Brasília.


O número representa uma adesão 90% inferior à da mobilização anterior, realizada a 6 de abril na Avenida Paulista, em São Paulo, que contou com cerca de 44.900 participantes.


Os dados foram apurados pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP), através de um software de inteligência artificial que recorre ao método Point to Point Network (P2PNet), capaz de identificar cabeças e estimar multidões com base em imagens aéreas. Foram analisadas 40 imagens captadas entre as 15h30 e as 17h25, com o pico de concentração registado às 16h30 junto à Catedral Metropolitana.


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Discursos políticos e ataques ao Judiciário

Bolsonaro esteve presente no evento, acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do pastor Silas Malafaia e de vários parlamentares do Partido Liberal (PL). A marcha percorreu o Eixo Monumental, entre a Torre de TV e a Alameda dos Estados, culminando em frente ao Congresso Nacional.


Jair Bolsonaro e o Pastor Silas Malafaia
Manifestação de Bolsonaro em Brasília reúne apenas 4 mil apoiantes © Sergio Lima/AFP

Durante os discursos, diversos congressistas atacaram o Supremo Tribunal Federal (STF) e defenderam a aprovação de um projeto de lei de anistia. O deputado Delegado Caveira (PL-PA) acusou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, de bloquear a tramitação da proposta, enquanto Nikolas Ferreira (PL-MG) e Zucco (PL-RS) pressionaram publicamente pela sua aprovação.


O senador Magno Malta (PL-ES) foi um dos mais virulentos, classificando o STF como um “consórcio do mal” e afirmando que Bolsonaro “vai assumir novamente como presidente”, apesar de este estar atualmente inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Michelle Bolsonaro e Silas Malafaia adotaram tom mais moderado, elogiando o ministro Luiz Fux, que votou por uma pena menor para uma das condenadas pelos atos de 8 de Janeiro. Para Malafaia, esse voto “desmascarou” o ministro Alexandre de Moraes e contestou a narrativa de tentativa de golpe de Estado.


Apoio à anistia total e rejeição a acordos

Entre os manifestantes, foi evidente a rejeição ao acordo proposto entre o STF e o Congresso, liderado pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), que prevê penas mais leves para alguns condenados. José Caldeira, de 53 anos, vindo de Belo Horizonte, defendeu uma anistia “total e irrestrita” e minimizou os atos de vandalismo de 2023, alegando que há pessoas detidas “por não terem partido um copo”.


A aposentada Neuza Meireles, de 64 anos, também participou do protesto. Confessou ter estado na invasão às sedes dos Três Poderes, mas garantiu não ter sido investigada pelo Supremo. “Vim aqui clamar por justiça”, afirmou.


O discurso final coube a Jair Bolsonaro, que reiterou que “a anistia é um ato político e privativo do Parlamento” e defendeu que “ninguém tem que se meter em nada”. O ex-presidente falou brevemente e não respondeu a perguntas da imprensa.


M.S.


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1 Comment


Daniel Figueira
May 08

As pessoas devem estar acordando do sonho de um rei bom! Bolsonaro nunca foi oposição, sempre foi mais um do sistema, disfarçado de oposição. Colocou toda a sua familia bem, e não cumpriu metade do que prometeu fazer!

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