Medicamentos para emagrecer no Reino Unido ligados a mortes
- Monica Stahelin
- 25 de fev.
- 2 min de leitura

O número de mortes relacionadas ao uso de medicamentos para emagrecimento e diabetes no Reino Unido subiu para 82, conforme novos dados da agência reguladora de medicamentos do país.
Os números divulgados pela Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA) indicam um aumento no número de óbitos associados aos medicamentos GLP-1RA, como Mounjaro, Wegovy e Ozempic, até 31 de janeiro. Entre as mortes, 22 ocorreram com pessoas que utilizavam esses medicamentos especificamente para perder peso, um aumento considerável em relação às 10 mortes registradas em outubro.
Embora os dados sejam provenientes de relatórios médicos sobre incidentes adversos relacionados a medicamentos, a agência alertou que a morte pode ter sido coincidência ou causada por uma doença pré-existente, não necessariamente pelo uso dos remédios. De acordo com os números, 18 mortes foram associadas ao tirzepatide (Mounjaro), 29 a semaglutide (Ozempic, Rybelsus, Wegovy) e 35 ao liraglutide (Saxenda, Victoza).
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Medicação popularizada, mas com riscos à saúde
Os medicamentos GLP-1RA têm sido usados no tratamento do diabetes tipo 2 há mais de 15 anos, mas começaram a ser cada vez mais procurados nos últimos sete anos como ferramenta para emagrecimento. A popularidade desses medicamentos levou as autoridades a revisar as diretrizes de prescrição, com restrições mais rígidas e um maior foco na supervisão médica ao prescrever esses tratamentos.
Em resposta aos dados, o diretor médico do NHS, Professor Sir Stephen Powis, destacou que, apesar dos benefícios, esses medicamentos podem ter efeitos colaterais e devem ser prescritos por profissionais de saúde qualificados. Ele também enfatizou que esses remédios não são uma "solução mágica" e devem ser acompanhados por programas que incentivem mudanças no estilo de vida, incluindo dieta e atividade física.
Fabricantes como Eli Lilly (Mounjaro) e Novo Nordisk (Ozempic, Wegovy) reforçaram que a segurança do paciente é uma prioridade e continuam monitorando de perto os efeitos dos medicamentos. Ambos os fabricantes ressaltaram que os remédios devem ser usados conforme as indicações aprovadas e sob supervisão médica.
As autoridades de saúde continuam a investigar as implicações desses medicamentos e buscam garantir a segurança dos pacientes ao lidar com os efeitos adversos.
M.S.
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