Morte de mulher ventilada durante apagão leva a investigação
- Monica Stahelin
- 2 de mai.
- 2 min de leitura

O Ministério da Saúde anunciou esta quinta-feira, 2 de maio, que irá investigar as circunstâncias da morte de uma mulher de 77 anos, que terá falecido em casa durante o apagão que afetou vastas zonas de Portugal e Espanha na passada segunda-feira, 28 de abril.
A mulher, que dependia de ventilação assistida no domicílio, não terá resistido à falha no fornecimento de energia elétrica.
Falha de energia poderá ter comprometido equipamento médico
A informação foi avançada inicialmente pela RTP, que ouviu a família da vítima. Segundo os relatos, a septuagenária encontrava-se ventilada em casa e faleceu precisamente no dia da interrupção do fornecimento elétrico. Os familiares acreditam que o falecimento foi causado pela impossibilidade de manter os equipamentos médicos em funcionamento durante o apagão.
Face à gravidade da situação, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, determinou a abertura de uma auditoria urgente por parte da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), com o objetivo de esclarecer cabalmente os factos. Numa nota enviada às redações, o Ministério da Saúde afirmou que tomou conhecimento do caso no dia 1 de maio e que pretende garantir total transparência na apuração dos acontecimentos.
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De acordo com informações fornecidas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a vítima apresentava múltiplas comorbilidades e encontrava-se em situação clínica delicada no seu domicílio. O pedido de socorro ao 112 foi recebido às 15h52 de segunda-feira, tendo a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) sido acionada cinco minutos após a realização da triagem clínica telefónica.
Equipa médica declarou óbito no local
Para além da VMER, foi também enviada uma ambulância de suporte básico. No entanto, quando os profissionais chegaram ao local, já não foi possível reverter a situação, tendo o óbito sido declarado no próprio domicílio pela equipa de emergência. As autoridades de saúde aguardam agora os resultados da auditoria para compreender em que medida a falha energética terá contribuído de forma direta para o desfecho fatal.
O apagão de larga escala que afetou os dois países ibéricos começou por volta das 11h30 da manhã e teve consequências significativas ao longo do dia. Registaram-se encerramentos temporários em vários aeroportos, congestionamento no trânsito das principais cidades, falhas nos sistemas de transporte público e problemas no abastecimento de combustíveis.
As causas técnicas da interrupção no fornecimento elétrico estão ainda a ser apuradas pelas operadoras nacionais e pelas entidades reguladoras, mas este caso poderá acrescentar um novo grau de complexidade ao impacto do incidente, com possíveis implicações em termos de saúde pública e resposta de emergência.
M.S.
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