Mulher de 25 anos morre de cancro ósseo após diagnóstico errado
- Monica Stahelin
- 22 de abr.
- 3 min de leitura

Kate Drummond, uma jovem de 25 anos, considerada "saudável e ativa", faleceu devido a cancro ósseo após os médicos inicialmente atribuírem as dores nas costas, causadas pela doença, a uma "provável ciática". A tragédia ocorreu depois de Kate procurar ajuda médica devido a dores nas costas que começou a sentir em 2020. Inicialmente, atribuiu as dores a uma má postura ou a exageros nos treinos, uma vez que sempre teve uma boa condição física, como contou a sua irmã Kelly Drummond.
No entanto, a dor acabou por se intensificar e irradiar para o quadril, o que levou Kate a procurar atendimento no serviço de urgências do hospital local em Devon, onde foi diagnosticada com “provável ciática” em maio de 2021. Este é um diagnóstico comum quando o nervo ciático, que percorre a parte inferior das costas, é irritado ou comprimido.
O diagnóstico surpreendeu os médicos, pois Kate era considerada uma das pacientes mais jovens que eles já tinham visto com esta condição. Apesar disso, a dor continuou a piorar e a mobilidade de Kate começou a deteriorar-se. Diante da gravidade dos sintomas, a fisioterapeuta que a tratava recomendou que ela realizasse uma ressonância magnética particular.
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Diagnóstico tardio e descoberta do tumor
No dia 7 de julho de 2021, Kate recebeu a notícia devastadora: o exame revelou um tumor do tamanho de uma toranja na sua região pélvica, com múltiplos depósitos na coluna vertebral. Após uma biópsia realizada no hospital de Birmingham, foi diagnosticada com sarcoma de Ewing, um tipo raro de cancro que pode afetar os ossos ou os tecidos moles, em 3 de agosto de 2021.
Kelly, a irmã de Kate, contou: "A notícia foi devastadora, não só para Kate, mas também para os amigos e familiares. Foi um choque e, ao mesmo tempo, uma sensação de culpa. Pensava: 'poderia ter feito mais para a pressionar a procurar ajuda mais cedo?'. Parece tão irreal que algo assim aconteça com alguém tão jovem e saudável."
O impacto da doença e a rápida deterioração
Após o diagnóstico correto, Kate iniciou o tratamento, incluindo radioterapia e quimioterapia, mas a doença progrediu rapidamente. Em janeiro de 2022, o cancro espalhou-se para "quase todas as partes do corpo", afetando os pulmões, fígado e outros ossos. O fígado e os rins começaram a falhar.
Kelly descreveu a rápida deterioração de Kate: “A partir desse momento, tudo mudou. Foi uma espiral descendente rápida que surgiu do nada."
Kate faleceu em março de 2022, no hospital. Em homenagem à irmã, Kelly decidiu partilhar a história pela primeira vez, com o objetivo de alertar as pessoas para a importância de "ouvir o seu corpo" e "defenderem-se".
Kelly, que é treinadora pessoal em Devon, afirmou: “Seria tolice não acreditar que as coisas poderiam ter sido diferentes se ela tivesse sido diagnosticada mais cedo. Quando encontraram o tumor de Kate, ele já era grande, do tamanho de uma toranja, e sugeriram que ela poderia estar com cancro há até dois anos."
O tumor que começou como uma simples dor nas costas transformou-se rapidamente em cancro espalhado por várias partes do corpo, com tumores em quase todos os órgãos. A evolução da doença foi surpreendente e destaca a imprevisibilidade do cancro, que, como Kelly ressalta, "demonstra a importância de um diagnóstico precoce para salvar vidas".
Abril é o Mês de Conscientização sobre o Cancro em Jovens e Adolescentes, uma campanha da Bone Cancer Research Trust, a principal organização de caridade do Reino Unido dedicada ao cancro ósseo primário.
M.S.
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E muito triste!