Mulher de missionário americano morto em Angola é acusada
- Monica Stahelin
- 26 de fev.
- 2 min de leitura
Jackie Shroyer, esposa do missionário americano Beau Shroyer, foi formalmente acusada de assassinato, após o trágico homicídio do seu marido em Angola, a 25 de outubro de 2024. O caso, que comoveu a comunidade religiosa e o público em geral, levou a Igreja Lakes Area Vineyard, à qual o casal estava vinculado, a emitir um comunicado informando sobre a acusação.
De acordo com o pastor da igreja, Troy Easton, a acusada foi formalmente acusada de ser co-autora no assassinato de Beau, que foi brutalmente esfaqueado num matagal na comuna da Palanca, nos arredores da cidade de Humpata, na província da Huíla. A investigação da polícia revelou que o crime foi organizado por Jackie e executado por um homem que havia sido contratado pelo casal, que inicialmente parecia ser uma pessoa de confiança.
A acusação formal de Jackie Shroyer implica que ela permanecerá em detenção até o julgamento. O pastor Easton também mencionou que uma data para o julgamento ainda não foi definida, mas é esperado que ocorra dentro dos próximos seis meses. O caso tem gerado grande atenção internacional, não apenas pela natureza do crime, mas também pelo envolvimento de uma mulher no assassinato do marido, algo que surpreendeu muitos.
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Motivos passionais e envolvimento de um funcionário da família
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola forneceu mais detalhes sobre o caso, explicando que Beau Shroyer foi assassinado dentro de sua viatura, com o uso de uma arma branca. A polícia afirmou que o assassinato foi orquestrado a mando de Jackie Shroyer, com a participação de um homem contratado pelo casal para a execução do crime. A suspeita inicial é de que o motivo do crime esteja relacionado com questões passionais entre Jackie e um funcionário da família, embora as investigações ainda não tenham confirmado todos os pormenores.
Além de Jackie, outros dois homens foram detidos em conexão com o assassinato de Beau Shroyer. A esposa do missionário permanece em detenção aguardando o julgamento, que deve ocorrer nos próximos meses. Enquanto isso, os filhos do casal, que estavam em Angola desde 2021 como parte de uma missão humanitária, continuam sob os cuidados de familiares próximos, que estão a garantir o bem-estar das crianças em meio a esta tragédia.
Beau e Jackie Shroyer chegaram a Angola em 2021 para trabalhar como missionários, em colaboração com a SIM, uma organização religiosa internacional que conta com mais de quatro mil trabalhadores espalhados por mais de 70 países. O caso traz à tona questões relacionadas à violência doméstica e aos impactos dos conflitos pessoais, que, neste caso, culminaram em uma tragédia para toda a família. A comunidade missionária e religiosa, bem como a população de Angola, aguardam com expectativa o desenrolar do processo judicial e a conclusão das investigações.
M.S.
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