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Márcia Lopes regressa ao Governo para reforçar políticas para as mulheres

Cida Gonçalves, demitida do Ministério das Mulheres, com Lula e Márcia Lopes, nova chefe da pasta
Márcia Lopes regressa ao Governo para reforçar políticas para as mulheres © Ricardo Stuckert/PR

Márcia Lopes assumiu recentemente o cargo de ministra das Mulheres no Brasil.


O seu regresso ao Governo foi anunciado esta segunda-feira (5), após a demissão de Cida Gonçalves, determinada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Márcia, que chefiou o Ministério do Desenvolvimento Social em 2010, assume agora a pasta com a missão de reforçar as políticas públicas voltadas para a promoção da igualdade de género e assistência social.


A nomeação foi destacada por Anne Moura, secretária nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), que elogiou o compromisso da nova ministra com as causas sociais. Em entrevista ao programa Viva Maria, conduzido por Mara Régia, Anne salientou que Márcia traz consigo a experiência de programas como o Fome Zero e o Bolsa Família, e deverá liderar uma abordagem transversal, envolvendo habitação, rendimento e cuidados — áreas essenciais para o empoderamento feminino.


Entre os objetivos prioritários da nova gestão está o combate ao feminicídio e a promoção da autonomia económica das mulheres. A articulação entre ministérios será fundamental, segundo Anne Moura, que também destacou a importância da 5.ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres como marco de continuidade e avanço dos direitos das brasileiras.


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Razões da saída de Cida Gonçalves

A demissão de Cida Gonçalves ocorreu em meio a pressões políticas e questionamentos dentro do próprio governo. Próxima da primeira-dama Rosângela da Silva (Janja), Cida enfrentou desgaste no relacionamento com outros ministros e revelou, em fevereiro, à Comissão de Ética da Presidência, que frequentemente interrompia a agenda para atender Janja, além de ignorar contactos de figuras como Alexandre Padilha e Márcio Macêdo.


A ex-ministra também foi alvo de acusações de assédio moral, com denúncias de servidoras que relataram ameaças, pressões e atitudes hostis no ambiente de trabalho. Embora o processo tenha sido arquivado e o Ministério das Mulheres tenha negado o registo formal das queixas, a situação contribuiu para o seu enfraquecimento político.


Além disso, surgiram críticas quanto à baixa visibilidade da pasta sob a sua liderança, o que terá motivado Lula a optar por uma mudança de rumo.

“Não é uma troca por incompetência ou rixa. É uma mudança de momento. Há limites para o avanço, e novas pessoas chegam com outras perspectivas”, afirmou Cida ao comentar a sua saída.

Márcia Lopes, assistente social e professora, assume agora o comando com a expectativa de renovar a atuação do ministério e consolidar políticas mais eficazes para a promoção da igualdade e justiça de género no Brasil.


M.S.


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