top of page

Nações Unidas exigem cessar-fogo e retirada do M23 na RDC

Reunião do Conselho
Nações Unidas exigem cessar-fogo e retirada do M23 na RDC © Direitos Reservados

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou, no domingo (26), ao respeito pelo cessar-fogo alcançado através da mediação angolana e à retirada das forças do M23 das zonas que ocuparam no Leste da República Democrática do Congo (RDC). O apelo foi feito durante uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, realizada em Nova Iorque, para discutir a escalada de violência naquela região africana.


António Guterres reafirma apoio ao Processo de Luanda

Durante a reunião, Guterres reafirmou o apoio das Nações Unidas ao Processo de Luanda e solicitou a retoma imediata das negociações entre as partes envolvidas no conflito. A reunião, originalmente agendada para o dia seguinte, foi antecipada em razão dos recentes avanços do M23 no Leste da RDC. O embaixador de Angola junto das Nações Unidas, Francisco da Cruz, representou o país no encontro, onde destacou a preocupação de Angola com o aumento da violência e os riscos para a segurança regional.


Publicidade


Violência crescente já provoca dezenas de mortos e milhares de deslocados

A escalada dos confrontos, que se intensificaram nas últimas semanas, já causou várias mortes, incluindo o assassinato do governador do Kivu do Norte, quando este visitava a fronteira com o Rwanda. O M23, um grupo rebelde, tem avançado em direção à cidade de Goma, capital da província de Kivu do Norte, que é rica em recursos minerais. Desde o início do ano, mais de 400 mil congoleses foram forçados a abandonar as suas casas devido à violência.


António Guterres alertou, em comunicado, que a violência crescente pode afetar toda a Região dos Grandes Lagos se não for controlada, exacerbando ainda mais a já fragilizada situação humanitária.


Processo de Luanda em risco devido à ação do M23

Francisco da Cruz, durante a sua intervenção, referiu que a intensificação das ações do M23 coloca em risco os progressos do Processo de Luanda, que busca uma resolução pacífica para o conflito. O diplomata angolano condenou as ações do M23 e reiterou a necessidade urgente de retomar as negociações para garantir a paz na região. Ele também alertou para a gravidade da situação nas províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul, onde a ocupação ilegal de cidades como Sake e Minova pela milícia agravou ainda mais a crise.


Apelo à proteção dos civis e aos direitos humanos

O Presidente de Angola, João Lourenço, também expressou preocupação com a situação, destacando que as ações irresponsáveis do M23 e seus apoiantes estão a minar os esforços de pacificação na região. Lourenço apelou ao respeito pelos direitos humanos, à proteção dos civis e à segurança do pessoal do Mecanismo de Verificação Ad Hoc Reforçado (MAVR), responsável pela monitorização do cessar-fogo.


A escalada do conflito tem implicações graves para a estabilidade regional, e os líderes internacionais fazem apelos constantes para que a paz seja restaurada e as negociações retomadas com urgência. O conflito entre a RDC e o Rwanda, que envolve o apoio ao M23, continua a ser uma das maiores crises humanitárias e políticas na África Central.



M.S.


Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News

Comments


PODE GOSTAR DE LER...

bottom of page