Nações Unidas pedem 6,9 ME para Moçambique após ciclone
- Monica Stahelin
- 7 de fev.
- 2 min de leitura

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) anunciou esta terça-feira, 6 de fevereiro, que necessita de 7,2 milhões de dólares (aproximadamente 6,9 milhões de euros) para apoiar Moçambique na sequência dos danos causados pelo ciclone Chido. O fenómeno meteorológico, que afetou particularmente a província de Cabo Delgado, no norte do país, há cerca de um mês, deixou pelo menos 120 mortos, afetou 450 mil pessoas e causou danos em mais de 40% dos hospitais locais. Além disso, mais de 12 mil mulheres grávidas perderam o acesso aos cuidados de saúde.
De acordo com o UNFPA, a ajuda será direcionada, em parceria com o governo moçambicano, a mulheres e meninas afetadas, que necessitam de abrigos, alimentos, cuidados médicos e apoio psicossocial a longo prazo. A agência destacou que o apoio será fundamental para a recuperação da comunidade, que ainda enfrenta as consequências devastadoras do ciclone.
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Ciclone Chido e o impacto nas infraestruturas de Moçambique
O ciclone tropical Chido, de categoria 3 (numa escala de 1 a 5), atingiu a zona costeira de Moçambique na madrugada de 14 de dezembro, enfraquecendo posteriormente para uma tempestade tropical severa. Ao longo dos dias seguintes, as províncias do norte do país continuaram a ser fustigadas por chuvas fortes, com precipitações superiores a 250 mm por 24 horas, acompanhadas de trovoadas e ventos intensos. Esta situação agravou ainda mais as dificuldades da população local, que já enfrenta regularmente desastres naturais devido às alterações climáticas.
Moçambique é um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, sofrendo com frequência os impactos de cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que vai de outubro a abril.
Novo ciclone Dikeledi agrava a situação no norte de Moçambique
A tragédia em Moçambique agravou-se com a passagem do ciclone tropical Dikeledi, que atingiu a província de Nampula, no norte do país. O impacto deste segundo ciclone em apenas um mês foi devastador: pelo menos 11 pessoas perderam a vida e cerca de 20 mil casas foram destruídas. O Instituto Nacional de Gestão de Risco de Desastres (INGD) indicou que 249.813 pessoas, ou 49.412 famílias, foram afetadas, com 27.470 casas parcialmente destruídas e 19.751 totalmente arrasadas. Além disso, o ciclone danificou 95 casas e 44 unidades sanitárias, afetando também 129 escolas e causando danos significativos nas infraestruturas da região.
A situação de emergência continua a exigir esforços conjuntos entre as autoridades moçambicanas e organizações internacionais para garantir a ajuda humanitária necessária e apoiar a recuperação das áreas afetadas.
M.S.
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