Nyusi: Diplomacia foi chave na volta da confiança financeira em Moçambique
- Monica Stahelin
- 3 de jun.
- 2 min de leitura

O antigo Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, destacou a importância da diplomacia na restauração da confiança das instituições financeiras e económicas internacionais no país. Este reconhecimento foi feito numa audiência com a Associação dos Diplomatas de Moçambique (Adimo), que assinala este ano o quinquagésimo aniversário do início da diplomacia moçambicana após a independência, a 25 de junho de 1975.
Nyusi sublinhou que a diplomacia foi fundamental para restabelecer a confiança dos parceiros internacionais, nomeadamente o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que suspenderam a ajuda financeira directa ao Orçamento do Estado em 2016, na sequência do escândalo das dívidas ocultas. A suspensão da ajuda ocorreu após revelações que envolveram governantes do executivo liderado por Armando Guebuza, incluindo o próprio Nyusi, que na altura era ministro da Defesa.
Diplomacia como motor do desenvolvimento económico
O ex-Chefe de Estado frisou que, apesar das dificuldades, a diplomacia moçambicana conseguiu manter e até criar crédito junto das instituições financeiras internacionais. Recordou o esforço para reestabelecer as relações com o Banco Mundial, o FMI e outros parceiros, que retomaram as ajudas em 2022, durante o segundo mandato presidencial de Nyusi.
Publicidade
“Fizemos muito esforço e devolvemos o Banco Mundial, o FMI e alguns parceiros da comunidade internacional”, afirmou, destacando ainda o papel da diplomacia na negociação da primeira plataforma de gás natural do país, envolvendo contactos com Japão, Coreia do Sul e Holanda.
O ex-Presidente apelou ainda aos diplomatas para continuarem a promover as potencialidades de Moçambique, especialmente os seus recursos naturais, tanto na terra como no mar, defendendo que a diplomacia deve assumir um papel activo na “promoção” e “marketing” do país a nível internacional.
Filipe Nyusi completou dois mandatos como Presidente entre 2015 e 2024, tendo sido sucedido por Daniel Chapo, também da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo). O novo Governo tem recebido garantias de apoio financeiro por parte do FMI, Banco Mundial e ONU para projetos de desenvolvimento em sectores chave como agricultura, infraestruturas, saúde, educação e governação.
Actualmente, o Banco Mundial apoia mais de 40 projetos em Moçambique, num montante superior a sete mil milhões de dólares, focados no crescimento sustentável, inclusivo e no fortalecimento do capital humano.
M.S.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News
コメント