Partidos em Portugal discutem restrições ao acesso de jovens às redes sociais
- Beatriz S. Nascimento
- 5 de mai.
- 2 min de leitura

A maioria dos candidatos às eleições de 18 de maio defende a imposição de restrições ao acesso das crianças e jovens às redes sociais, especialmente para menores de 12 anos. A proposta foi amplamente apoiada no debate desta manhã, transmitido pelas rádios TSF, Antena 1, Renascença e Observador, onde líderes de vários partidos se mostraram preocupados com os impactos do uso excessivo das plataformas digitais por parte dos mais jovens.
Definição de responsabilidades: Estado ou Família?
Durante o debate, líderes como Luís Montenegro (AD), Pedro Nuno Santos (PS), Paulo Raimundo (CDU), Rui Tavares (LIVRE), Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda) e Inês Sousa Real (PAN) destacaram a necessidade de uma regulação mais rígida para proteger as crianças do conteúdo prejudicial presente nas redes sociais. Para eles, é essencial estabelecer limites de idade para garantir que os jovens não tenham acesso a conteúdos que possam afetar o seu desenvolvimento psicológico e social.
Em contraste, André Ventura (Chega) e Rui Rocha (IL) defenderam que essa responsabilidade deveria recair exclusivamente sobre as famílias, rejeitando qualquer tipo de regulação ou restrição imposta pelo Estado. A discussão sobre o papel do governo versus a responsabilidade familiar na proteção das crianças nas plataformas digitais dividiu as opiniões, com cada lado defendendo uma abordagem diferente para a situação.
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Referendo sobre a eutanásia e críticas à resposta ao apagão
No final do debate, os candidatos também foram questionados sobre a realização de um referendo sobre a eutanásia. Luís Montenegro e André Ventura mostraram-se a favor de uma consulta popular, enquanto os restantes candidatos se opuseram, alegando que questões tão sensíveis devem ser tratadas através de decisões legislativas e não por plebiscitos.
Além disso, o debate também abordou as críticas à resposta do governo ao apagão de eletricidade ocorrido na última segunda-feira. Luís Montenegro defendeu a atuação do governo em relação ao envio de mensagens informativas para a população, argumentando que a comunicação foi feita apenas quando houve informações fidedignas, em contraste com a reação rápida de outras regiões, como a Espanha, devido à ligação elétrica com a França. Por outro lado, André Ventura criticou o governo por uma resposta tardia, argumentando que algumas regiões da Espanha já tinham restabelecido a eletricidade antes de Portugal.
As propostas dos candidatos quanto ao uso das redes sociais e à comunicação governamental refletem diferentes abordagens para questões contemporâneas que afetam diretamente a sociedade portuguesa, mostrando o divórcio entre a regulação estatal e a autonomia das famílias, além da persistente discussão sobre a resposta a emergências nacionais.
B.N.
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