Polícia Federal Inicia Perícia de Celulares em Fraude no INSS
- Monica Stahelin
- 28 de abr.
- 2 min de leitura
A Polícia Federal iniciou a perícia dos celulares e equipamentos eletrônicos apreendidos durante a operação "Sem Desconto", realizada na terça-feira (23), que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A análise dos aparelhos foi considerada uma prioridade pelos investigadores, e a Direção-Geral da Polícia Federal, em conjunto com a Diretoria Técnico-Científica, solicitou que as equipes responsáveis pela investigação nos diferentes estados conduzam a análise de forma descentralizada.
De acordo com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, doze inquéritos foram abertos para apurar os desvios, que ocorreram entre 2019 e 2024. A estimativa é que os valores desviados possam chegar a R$ 6,3 bilhões (aproximadamente 1,08 mil milhões de euros). A perícia dos celulares relacionados ao inquérito principal será realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, com sede em Brasília. As informações extraídas dos aparelhos serão cruciais para o avanço das investigações.
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Investigação do Destino dos Desvios e Apreensões de Bens
Além da análise dos aparelhos, a Polícia Federal também está focada em descobrir como o dinheiro desviado foi aplicado. Alguns operadores financeiros e entidades, tanto físicas quanto jurídicas, que receberam os valores desviado, estão sendo investigados. Durante a operação, os investigadores apreenderam bens como carros, obras de arte e relógios, que podem ter sido adquiridos com o dinheiro desviado dos aposentados e pensionistas.
A operação "Sem Desconto", deflagrada em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), apura a cobrança indevida de mensalidades de aposentados e pensionistas, sem a devida autorização, por várias associações. As entidades investigadas ofereciam serviços fictícios, como descontos em academias e planos de saúde, e falsificavam assinaturas dos beneficiários do INSS.
Servidores Públicos Afetados e Entidades Sob Investigação
Seis servidores públicos, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foram afastados de suas funções, com Stefanutto sendo posteriormente demitido. Diversas entidades estão sob investigação, incluindo associações de aposentados e sindicatos, que cobravam mensalidades indevidas.
As entidades sob investigação incluem a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi/FS), a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), entre outras organizações.
A Polícia Federal continua a investigação, e as autoridades reiteram a importância de combater fraudes que comprometem o sistema de benefícios do INSS e afetam diretamente a vida dos aposentados e pensionistas brasileiros.
M.S.
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É chocante saber que uma fraude desse tamanho está envolvida no INSS, prejudicando aposentados e pensionistas. Espero que as perícias nos celulares ajudem a desmascarar os envolvidos e que os idosos afetados recebam justiça.