Protestos contra Trump ganham força nos EUA e no mundo
- Beatriz S. Nascimento
- 6 de abr.
- 4 min de leitura

No sábado, 5 de abril de 2025, milhares de manifestantes saíram às ruas em diversas cidades dos Estados Unidos, incluindo Washington, para protestar contra as políticas do presidente Donald Trump. O ato de oposição ao republicano, o maior desde seu retorno à presidência no final de janeiro, reuniu pessoas de diferentes origens, todas unidas pelo descontentamento com as ações e decisões do governo Trump. Esse protesto é visto como um reflexo da crescente polarização política no país e das crescentes divisões entre os cidadãos e o governo.
Protestos de Grande Escala em Diversas Cidades Americanas
Em Washington, o protesto teve como cenário a famosa National Mall, que fica perto da Casa Branca. Manifestantes ergueram faixas com mensagens claras de repúdio ao governo, como "Tire suas mãos!" e "Não é meu presidente!". Outros cartazes também refletiam o descontentamento com políticas específicas, como a segurança social, o fascismo e as ações contra direitos civis. Um dos maiores focos de crítica foi a campanha de cortes orçamentários do governo federal, especialmente nas áreas de saúde e educação, que afeta milhões de americanos.
Jane Ellen Saums, uma trabalhadora imobiliária de 66 anos, expressou sua profunda preocupação com os rumos do governo, destacando os impactos negativos sobre a vida dos cidadãos, principalmente no que tange ao meio ambiente e aos direitos pessoais. Ela foi uma das muitas vozes que pediram mudanças e resistência à agenda de Trump, que, segundo ela, está destruturando as políticas que protegem os mais vulneráveis. "É extremamente preocupante ver o que está acontecendo com o nosso governo", afirmou Saums.
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Protestos Internacionais Contra Trump: Uma Onda Global de Descontentamento
A indignação contra o governo Trump não se limitou às fronteiras dos Estados Unidos. Diversas capitais ao redor do mundo também foram palco de manifestações, com destaque para Paris, Roma, Berlim e Londres, onde milhares de pessoas, principalmente cidadãos americanos e ativistas, se reuniram para protestar. Em Paris, cerca de 200 manifestantes se concentraram na Praça da República, empunhando faixas com palavras de ordem como "Resista ao tirano", "Estado de direito" e "Salve a democracia". Este tipo de manifestação reflete um descontentamento global com as políticas de Trump, especialmente no que diz respeito à sua postura autoritária e suas ações que ameaçam as instituições democráticas.
Em Berlim, os manifestantes se reuniram em frente a uma concessionária da Tesla, propriedade de Elon Musk, um aliado próximo de Trump, levantando cartazes que exigiam o "fim do caos" nos Estados Unidos. A conexão entre o governo Trump e figuras empresariais, como Musk, também gerou grandes debates e críticas internacionais. O sentimento predominante entre os manifestantes é o de um alerta para a ameaça ao estado de direito e aos valores democráticos defendidos por muitos países ao redor do mundo.
Coalizão de Movimentos de Esquerda Organiza Protestos em Todo o País
O protesto nos Estados Unidos foi organizado por uma coalizão de mais de 50 grupos de esquerda, incluindo movimentos de direitos civis, feministas e ativistas em defesa da justiça social. Entre eles, destacam-se a MoveOn e a Women's March, que convocaram as manifestações sob o lema "Tire suas mãos", simbolizando a oposição às políticas do governo que, segundo os manifestantes, colocam em risco a segurança social e os direitos dos cidadãos. Com mais de 1.000 cidades e municípios envolvidos, o evento se transformou em uma mobilização em massa que evidenciou o crescente descontentamento da população.
Em Washington, mais de 5.000 pessoas se reuniram no National Mall, e o evento contou com a presença de figuras do Partido Democrata, como o legislador Jamie Raskin, que reforçou as críticas ao governo. O ativista Graylan Hagler, de 71 anos, também se fez presente e declarou em meio à multidão: "Despertaram um gigante adormecido, e ainda não viram nada. Não vamos nos sentar, não vamos nos calar e não vamos embora." Suas palavras ecoaram no meio da multidão, que se mostrou unida e determinada a lutar contra as políticas do governo Trump.
A Resposta à Administração Trump: Crescente Resistência e Polarização
O protesto de 5 de abril é apenas o mais recente de uma série de manifestações contra a administração de Donald Trump, refletindo uma resistência crescente por parte de uma ampla gama de grupos, desde ativistas sociais até figuras políticas do Partido Democrata. A polarização política nos Estados Unidos continua a aumentar, e os protestos contra Trump têm sido um reflexo das divisões mais amplas que afligem o país, especialmente em relação à sua abordagem em temas como o meio ambiente, a saúde pública e a justiça social.
Esses protestos também são um reflexo da preocupação com os rumos da democracia americana e das liberdades civis, que, segundo os manifestantes, estão sendo ameaçadas pelas políticas do atual governo. O movimento parece estar apenas começando, com novos eventos programados em todo o país, à medida que os cidadãos buscam fazer suas vozes serem ouvidas em meio à crise política que domina os Estados Unidos.
O Futuro da Resistência em Meio à Polarização Política
A crescente resistência contra Trump está longe de ser uma simples tendência passageira. A polarização política e o descontentamento com o governo republicano têm levado a uma mobilização popular que ultrapassa fronteiras, envolvendo cidadãos e ativistas ao redor do mundo. À medida que o governo Trump continua com sua agenda controversa, a pressão popular deve aumentar, tornando cada vez mais difícil para o presidente ignorar a oposição crescente a suas políticas. A resistência, especialmente dos movimentos de esquerda, promete se intensificar, e a luta por justiça social e pela preservação das instituições democráticas nos Estados Unidos segue em alta.
Este evento é um reflexo da preocupação com o estado atual da política americana e das implicações globais das escolhas feitas por Trump. O futuro político dos Estados Unidos, e até mesmo de outras democracias, pode ser profundamente moldado por esses movimentos populares que estão crescendo em força e alcance a cada dia.
B.N.
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