top of page

Reino Unido instala câmaras permanentes de reconhecimento facial

Daniel Chapo e Venâncio Mondlane apertam mãos
Reino Unido instala câmaras permanentes de reconhecimento facial © PA

Câmaras de reconhecimento facial permanentes serão instaladas em Croydon, no sul de Londres, em um projeto piloto da Polícia Metropolitana, gerando grande controvérsia.


As primeiras câmaras de reconhecimento facial permanentes (LFR) do Reino Unido serão instaladas em Croydon, no sul de Londres, como parte de um projeto piloto liderado pela Polícia Metropolitana. As câmaras serão colocadas em duas ruas centrais da cidade e servirão para monitorizar os rostos das pessoas e comparar as imagens com uma base de dados de suspeitos.


Críticas e preocupações com a privacidade

Este movimento gerou grande oposição de grupos de defesa da privacidade, que alertam para o risco de um avanço rumo a uma "distopia", afirmando que as câmaras podem ser usadas para vigilância excessiva sem o devido controle. As câmaras serão instaladas em postes de iluminação ou edifícios e irão alertar os oficiais sempre que uma imagem coincidir com a lista de procurados.


Publicidade


Mitch Carr, superintendente da polícia de bairro para o sul de Londres, comunicou o plano aos líderes comunitários, explicando que as câmaras estarão em funcionamento apenas quando os oficiais estiverem preparados para responder a alertas. Segundo ele, esta mudança permitirá uma abordagem mais flexível, com a possibilidade de operar as câmaras em diferentes dias e horários.


Uso da tecnologia em eventos importantes

O reconhecimento facial já foi utilizado em eventos significativos, como a coroação do Rei Charles III, onde câmaras monitoram multidões em locais como o Palácio de Buckingham e a Abadia de Westminster. Em 2024, mais de 500 prisões foram realizadas graças ao LFR, incluindo a detenção de indivíduos procurados por crimes graves, como abuso doméstico e violação.


Resistência ao projeto

Chris Philp, deputado conservador por Croydon South, defendeu a instalação das câmaras, afirmando que elas ajudariam a evitar que criminosos procurados circulassem livremente pelas ruas. No entanto, Rebecca Vincent, diretora interina do grupo de privacidade Big Brother Watch, criticou o aumento do uso de LFR sem a devida supervisão ou base legislativa, sugerindo que o governo deveria interromper o uso dessa tecnologia até que sejam introduzidas salvaguardas legais adequadas.


Este desenvolvimento levanta questões sobre os limites da vigilância tecnológica e o impacto na privacidade dos cidadãos, com muitas vozes a pedir maior regulamentação antes da expansão dessa prática.


M.S.


Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News

Comments


PODE GOSTAR DE LER...

bottom of page