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Trump ameaça destruir economia russa se Putin rejeitar paz

Donald Trump
Trump ameaça destruir economia russa se Putin rejeitar paz © Jim Lo Scalzo/Shutterstock

Donald Trump ameaçou devastar a economia da Rússia caso Vladimir Putin recuse o cessar-fogo proposto para durar 30 dias, no contexto do conflito com a Ucrânia. O ex-presidente dos EUA afirmou, nesta quarta-feira, que as consequências para a Rússia seriam “muito graves”, mas demonstrou confiança de que tal cenário não se concretizaria.


A ameaça de Trump surge após notícias de que Putin estaria disposto a adiar qualquer acordo que pudesse comprometer o avanço das suas forças no terreno. Em resposta a questões sobre a pressão para que o líder russo aceitasse o cessar-fogo, Trump declarou:

“Sim, podemos fazer isso. Mas espero que não seja necessário. Como sabem, sempre disse que a Ucrânia poderia ser a parte mais difícil.”

Anteriormente, Trump já havia alertado a Rússia sobre sanções econômicas severas, caso o país continuasse a bombardear cidades ucranianas com ataques de longa distância.

“Há coisas que poderíamos fazer e que não seriam agradáveis, no sentido financeiro”, afirmou Trump, no Salão Oval. “Posso tomar medidas financeiras que seriam devastadoras para a Rússia. Mas não quero fazer isso, porque quero a paz.”

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Reações internacionais e o papel da Ucrânia

O cessar-fogo temporário foi negociado entre representantes ucranianos e americanos durante uma reunião de oito horas em Jeddah, na Arábia Saudita, na terça-feira. As autoridades dos EUA também discutiram o plano com seus homólogos russos por telefone, e o enviado dos EUA, Steve Witkoff, viajará a Moscovo ainda esta semana para mais conversações, segundo a Casa Branca.


Na noite de quarta-feira, John Healey, secretário de Defesa do Reino Unido, apelou diretamente a Putin para que aceitasse o cessar-fogo. Durante o Fórum de Defesa e Segurança de Paris, Healey disse:

“Estes são dias decisivos para a paz na Ucrânia. Os ucranianos querem a paz, todos nós queremos a paz. Digo ao presidente Putin: a bola está agora do seu lado. Prove que quer falar. Aceite o cessar-fogo, inicie as negociações, acabe com a guerra. A pressão está agora sobre Putin.”

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que a Rússia aguarda uma comunicação de Washington, e foi indicado que poderia ocorrer uma chamada entre Trump e Putin.


A Ucrânia concordou em apoiar o cessar-fogo, o que levou os EUA a retomar o compartilhamento de informações e a entrega de armas imediatamente. Radek Sikorski, ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, confirmou que os fornecimentos dos EUA à Ucrânia, através da Polónia, voltaram aos níveis anteriores.


Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, sugeriu que a Ucrânia poderia ceder territórios à Rússia como parte de um acordo de paz. Questionado sobre se essa possibilidade foi discutida durante as negociações em Arábia Saudita, Rubio respondeu: “Bem, tivemos conversações.”


Por sua vez, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, deixou claro que não reconhecerá oficialmente os territórios ocupados pela Rússia.

“Estamos a lutar pela nossa independência. Não vamos reconhecer nenhum território ocupado pela Rússia como seu. Isto é um facto”, afirmou.

Zelensky também reiterou a falta de confiança em Moscovo, apesar de ter aceitado a proposta de trégua.


Repercussões internacionais e tensões diplomáticas

A proposta de cessar-fogo foi vista por oficiais ucranianos como uma forma de testar a disposição de Putin em negociar, com a possibilidade de novos sanções se a Rússia recusar a paz. Uma fonte de defesa britânica afirmou:

“Vamos apoiar Trump em tudo o que fizer para o levar à mesa. Apenas ele pode fazer isso. Se tiver de ser por meio de sanções econômicas rigorosas, então, claro, faremos isso.”

Enquanto isso, o Reino Unido revogou a acreditação de um diplomata russo, em resposta à expulsão de dois embaixadores britânicos por Moscovo. Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico afirmou que a Rússia está a tentar fechar a embaixada britânica em Moscovo, sem se importar com as consequências escalonadas dessa decisão.



M.S.


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