Trump Assina Ordem para Desmantelar o Departamento de Educação
- Monica Stahelin
- 21 de mar.
- 2 min de leitura
O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que prevê o desmantelamento do Departamento de Educação dos Estados Unidos, avançando com uma promessa de campanha para enfraquecer a agência federal. O presidente criticou o departamento por considerá-lo ineficaz e sobrecarregado por ideologias liberais, afirmando que o sistema educacional americano está a ser prejudicado pela atuação da entidade.
Trump anunciou que a administração irá fechar o departamento, mantendo apenas as suas "necessidades essenciais", com a Casa Branca esclarecendo que apenas algumas funções críticas serão preservadas. Segundo o presidente, os estados terão um desempenho melhor na educação, comparado ao que considera um departamento federal falho.
Contudo, a concretização do desmantelamento é considerada uma tarefa difícil, uma vez que requereria uma ação do Congresso, o qual criou o Departamento de Educação em 1979. A administração de Trump já começou a reduzir a força de trabalho da agência, com cortes significativos no Escritório para os Direitos Civis e no Instituto de Ciências da Educação, que recolhe dados sobre o progresso acadêmico do país.
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Reações Contrárias e Apoio à Medida
Defensores da educação pública criticaram a medida, argumentando que a eliminação do departamento prejudicaria milhões de crianças, especialmente as de comunidades pobres e rurais, que dependem de financiamento federal para garantir uma educação de qualidade. Derrick Johnson, presidente da NAACP (Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor), descreveu o ato como "um dia sombrio" para esses estudantes, incluindo aqueles cujos pais votaram em Trump.
Por outro lado, os apoiantes da visão de Trump para a educação celebraram a ordem. Tiffany Justice, cofundadora do movimento Moms for Liberty, afirmou nas redes sociais que a decisão acabará com a "burocracia inchada" que, segundo ela, impede a inovação e o progresso nas escolas. Ela defendeu que estados, comunidades e pais possam assumir o controle da educação, adaptando-a às necessidades específicas das crianças.
A Casa Branca não especificou formalmente quais funções do Departamento de Educação seriam transferidas para outras agências ou eliminadas. O departamento envia bilhões de dólares por ano para as escolas e supervisiona 1,6 trilião de dólares em empréstimos estudantis federais.
A Controvérsia e o Futuro da Educação nos EUA
A ideia de fechar o Departamento de Educação não é nova, sendo discutida há décadas por republicanos que acreditam que a federalização da educação desperdiça dinheiro dos contribuintes e interfere em decisões que devem ser tomadas pelos estados e escolas. A proposta ganhou mais força recentemente, à medida que grupos conservadores de pais exigem mais controle sobre o ensino de seus filhos.
M.S.
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