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Trump garante que EUA farão “ótimo acordo” com a China

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Trump garante que EUA farão “ótimo acordo” com a China ©REUTERS/Leah Millis

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o seu país está em boa posição para chegar a um “ótimo acordo” com a China, apesar das tensões comerciais que têm marcado a relação entre as duas potências. Trump fez estas declarações durante uma entrevista com jornalistas na Casa Branca, garantindo que não se preocupa com a possibilidade de os aliados dos EUA optarem por estreitar laços comerciais com Pequim em resposta às tarifas impostas por Washington.


“Ninguém pode competir connosco”, disse Trump de forma enfática, referindo-se à capacidade económica e comercial dos Estados Unidos. “Ninguém.” Estas palavras reforçam a postura do presidente norte-americano, que tem repetidamente sublinhado a força económica do seu país, mesmo face à escalada das disputas comerciais com a China.


A declaração de Trump ocorre num momento em que o presidente chinês, Xi Jinping, está a realizar uma digressão por três países do sudeste asiático: Vietnã, Camboja e Malásia. Durante a sua visita ao Vietname, Xi criticou as práticas de “bullying unilateral”, que, segundo analistas, visam as políticas comerciais agressivas de países como os Estados Unidos. O líder chinês apelou a uma maior cooperação entre as nações da região, contra o que considera ser uma pressão económica injusta de potências externas.


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Apesar de frequentemente elogiar a sua relação pessoal com Xi Jinping, Trump foi questionado pelos repórteres sobre a possibilidade de simplesmente ligar para o presidente chinês para resolver as questões comerciais. Em resposta, Trump reiterou a sua confiança nas negociações com a China, afirmando: “Nós vamos fazer um acordo. Faremos um acordo. Acho que vão ver que faremos um acordo muito bom com a China.” Este discurso indica que, apesar das tensões, o presidente norte-americano ainda aposta na diplomacia como caminho para resolver as disputas económicas.


Tarifas e o impacto nas relações comerciais

As tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses têm sido uma das principais armas da administração Trump na guerra comercial com Pequim. A política de tarifas tem afetado uma vasta gama de setores, incluindo tecnologia, automóveis e agricultura, e tem gerado repercussões globais, com muitos aliados dos EUA expressando preocupação com o impacto económico. No entanto, Trump tem defendido que as tarifas são necessárias para equilibrar a balança comercial e proteger os interesses dos trabalhadores americanos.


No entanto, a China também tem imposto tarifas retaliatórias, o que tem levado a uma desaceleração no comércio entre os dois países e, por consequência, afectado a economia mundial. A questão das tarifas continua a ser um ponto central das negociações, mas ainda não está claro se haverá um acordo definitivo que alivie as tensões comerciais de forma permanente.


Trump e Xi têm estado em conversações intermitentes ao longo dos últimos anos, mas, apesar de algumas tréguas temporárias, as negociações continuam a ser marcadas por impasses. Em várias ocasiões, ambos os líderes afirmaram que estão dispostos a chegar a um entendimento, mas as diferenças estruturais, especialmente no que diz respeito à propriedade intelectual, transferência de tecnologia e práticas comerciais, permanecem um desafio significativo.


Repercussões globais e a busca por alianças no sudeste asiático

Enquanto os líderes dos Estados Unidos e da China continuam a negociar, Xi Jinping está a reforçar as suas relações com os países do sudeste asiático, uma região estratégica que tem ganhado importância no contexto das disputas comerciais globais. Durante a visita ao Vietname, o líder chinês apelou a uma maior unidade regional e a uma resistência ao que classificou como “pressões externas”, numa aparente tentativa de minar a influência dos Estados Unidos na região.


O Vietnã, o Camboja e a Malásia são importantes parceiros comerciais para a China, e Pequim tem vindo a expandir a sua influência na região, oferecendo investimentos em infraestruturas e estabelecendo acordos comerciais favoráveis. Enquanto isso, os Estados Unidos têm procurado reforçar a sua presença na região através de acordos bilaterais e parcerias estratégicas com os países do sudeste asiático, em um esforço para contrabalançar a crescente influência chinesa.


Neste contexto, as palavras de Trump podem ser vistas como uma tentativa de reafirmar a posição dominante dos Estados Unidos no cenário económico global, enquanto, ao mesmo tempo, critica as políticas comerciais de Pequim. A relação entre os dois países continuará a ser um dos pontos de maior atenção nas próximas semanas, enquanto as negociações e as visitas diplomáticas se desenrolam.


O futuro das negociações e as expectativas do mercado

O futuro das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China continua a ser incerto. Analistas do mercado estão a acompanhar de perto os desenvolvimentos, à medida que as tarifas e os acordos comerciais têm um impacto significativo nas economias global e local. O resultado dessas negociações poderá determinar o curso das relações comerciais internacionais nas próximas décadas.


Por enquanto, Trump mantém a sua postura otimista, apesar dos desafios. Enquanto isso, os observadores internacionais aguardam por um desfecho que possa, finalmente, trazer estabilidade ao comércio entre as duas maiores economias do mundo.


B.N.


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