Ucrânia oferece soldados norte-coreanos em troca de prisioneiros
- Monica Stahelin
- 14 de jan.
- 3 min de leitura
Atualizado: 16 de jan.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo (12 de janeiro de 2025) que está disposto a entregar à Coreia do Norte dois soldados norte-coreanos capturados em território russo, em uma possível troca por militares ucranianos detidos pela Rússia. A declaração foi feita após a captura dos soldados, que haviam sido feridos na região de Kursk, no contexto da ofensiva ucraniana contra as forças russas.
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Zelensky expressou que, caso consiga organizar uma troca, a Ucrânia entregará os dois prisioneiros a Pyongyang.
"Estamos dispostos a entregar os soldados norte-coreanos a Kim Jong-un, se conseguirmos negociar a troca por nossos combatentes que estão na Rússia", escreveu o presidente ucraniano em uma publicação nas redes sociais.
Os dois soldados norte-coreanos foram capturados no dia 9 de janeiro na região de Kursk, onde as forças ucranianas têm avançado nas últimas semanas. Embora Kiev tenha confirmado a captura, a nacionalidade dos prisioneiros não foi oficialmente verificada até que o Serviço de Inteligência Nacional da Coreia do Sul (NIS) confirmasse que os soldados eram, de fato, norte-coreanos.
Zelensky também alertou que a Ucrânia provavelmente continuará a capturar soldados da Coreia do Norte, acrescentando que "sem dúvida haverá mais". Ele fez referência ao envolvimento de Pyongyang no conflito, com a acusação de que mais de 10 mil soldados norte-coreanos teriam sido enviados para lutar ao lado das forças russas. A Coreia do Sul, no entanto, estima um número menor, de cerca de mil soldados.
O presidente ucraniano também mencionou o destino dos soldados norte-coreanos que não desejassem retornar à Coreia do Norte, oferecendo-lhes a possibilidade de permanecer em territórios ucranianos, caso relatem "a verdade sobre esta guerra". Zelensky sublinhou que a Rússia já não pode prescindir do apoio militar de Pyongyang, refletindo uma crescente aliança entre os dois regimes.
A situação envolvendo os prisioneiros está sendo monitorada de perto pelas autoridades internacionais, já que tanto a Rússia quanto a Coreia do Norte não reconheceram oficialmente o envio de tropas norte-coreanas para o front de batalha na Ucrânia.
Enquanto isso, as tensões continuam a aumentar na região, com a Rússia avançando, embora lentamente, em algumas localidades no leste da Ucrânia, como Yantarne, em Donetsk, e Kalinove, em Kharkiv, mais ao norte.
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O conflito, que já dura quase três anos, está em um momento crítico, com a aproximação de novos desafios diplomáticos, especialmente com a iminente posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, marcada para 20 de janeiro. A cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte tem sido um ponto de preocupação para os aliados ocidentais, que acusam Moscovo de expandir seus laços com Pyongyang, incluindo uma colaboração no campo espacial.
Enquanto a guerra continua, o futuro dos prisioneiros e as possíveis negociações para a troca de soldados capturados seguem como um tema delicado nas relações internacionais envolvidas no conflito.
M.S.
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