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UNITA defende diálogo com o Governo face a clima tenso em Angola

Adalberto Costa Júnior aperta a mão de João Lourenço
UNITA defende diálogo com o Governo face a clima tenso em Angola © Cipra

O líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, defendeu esta terça-feira a necessidade de promover o diálogo e alcançar consensos, face ao cenário político que se vive atualmente em Angola. O dirigente destacou a relevância de medidas práticas para melhorar a governação, numa posição assumida após uma reunião com o Presidente da República, João Lourenço — a primeira em quase três anos.


A audiência, solicitada pela UNITA, decorreu durante cerca de duas horas no Palácio Presidencial, em Luanda, e, segundo o líder da oposição, representou uma abertura para o debate político. “Estamos esperançosos de que este encontro não tenha sido em vão. O que importa agora são os atos, não apenas as palavras”, declarou Adalberto Costa Júnior à imprensa.


Transparência eleitoral e reforma legislativa em destaque

Um dos pontos centrais da conversa foi o novo pacote legislativo sobre matérias eleitorais, atualmente em análise na Assembleia Nacional, que integra tanto propostas do Governo como projetos apresentados pela UNITA. Algumas das medidas propostas — como a substituição do cartão de eleitor pelo Bilhete de Identidade como único documento válido no dia da votação, e a possível eliminação das atas-síntese nas mesas de voto — têm gerado críticas e preocupações sobre a transparência do processo.


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O dirigente da UNITA destacou que tanto a oposição como a sociedade civil manifestam preocupações relativamente à ausência de garantias democráticas nas iniciativas legislativas apresentadas pelo MPLA. “Angola precisa de consensos democráticos. A Assembleia deve ser o espaço para encontrar soluções que promovam a pluralidade e a transparência”, reforçou.


Apelo a uma Angola mais inclusiva e democrática

Adalberto Costa Júnior reiterou o compromisso da UNITA com a construção de um país mais plural e menos conflituoso. “Queremos uma Angola boa para todos, sem fome, sem cólera, mais justa na partilha de oportunidades. Cabe-nos criar pontes para o diálogo, sempre que necessário”, afirmou.


O dirigente recordou que o último encontro com João Lourenço ocorreu em 2022, logo após as eleições, também por iniciativa da UNITA. Apesar das diferenças políticas, o partido da oposição reforçou a disposição para contribuir ativamente para uma Angola mais democrática e inclusiva.


“Temos a obrigação de promover o diálogo e de trabalhar por uma Angola melhor. Esperamos que esta partilha sincera com o Presidente tenha contribuído para reconhecer a urgência de fazer mais e melhor pelo país”, concluiu.


M.S.


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