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FLEC-FAC reivindica morte de 32 militares angolanos em Cabinda

Bandeira de Angola
FLEC-FAC reivindica morte de 32 militares angolanos em Cabinda © Fotolia/srnicholl

A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), movimento separatista que defende a independência da província de Cabinda, anunciou esta segunda-feira a morte de 32 militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) durante intensos ataques levados a cabo pelas Forças Armadas de Cabinda (FAC), na região de Belize, mais precisamente nas proximidades da aldeia de Tando-Maselelee Nviedi. De acordo com o comunicado oficial das FAC, assinado pelo chefe das Forças Especiais das FAC, tenente-general João Cruz Mavinga Lúcifer, o ataque resultou na morte de 24 soldados e oito oficiais militares das FAA, com ainda 11 militares feridos durante os combates.


De acordo com o comunicado, os ataques ocorreram na manhã de segunda-feira, quando as FAC lançaram vários disparos com armas pesadas contra as posições militares angolanas. O documento também aponta que a violência gerou uma onda de deslocamentos, com milhares de civis fugindo para a República Democrática do Congo.


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Intensificação do conflito e apelos a investidores estrangeiros

O comunicado destaca que a intensificação da ação militar foi uma resposta à recente entrevista do Presidente de Angola, João Lourenço, à revista Jeune Afrique. Durante a entrevista, o chefe de Estado angolano afirmou que a situação de segurança em Cabinda era estável e que a FLEC-FAC não representava ameaça ao território angolano. Em resposta, a FLEC-FAC decidiu intensificar suas operações em todo o território de Cabinda.


No documento, a FLEC-FAC fez um apelo aos investidores franceses e portugueses para que abandonem imediatamente a província de Cabinda, território rico em petróleo, destacando que a região está em estado de guerra e que a luta pela independência continua. A FLEC-FAC reivindica há décadas a independência de Cabinda, citando o Tratado de Simulambuco de 1885, que reconhecia a província como um protetorado português.


Histórico e reivindicações da FLEC-FAC

O movimento FLEC-FAC tem lutado pela independência de Cabinda desde a independência de Angola, em 1975, alegando que a província nunca foi totalmente integrada ao território angolano. A FLEC-FAC considera que Cabinda deveria ser um Estado soberano devido à sua história e à sua importância estratégica, principalmente devido às vastas reservas de petróleo que a região possui. A FLEC-FAC invoca o Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, que reconhecia Cabinda como um protetorado português, como base legal para a sua reivindicação de independência.


M.S.


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