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Míssil russo atinge autocarro e mata 21 civis na Ucrânia

Carro queimado
Míssil russo atinge autocarro e mata 21 civis na Ucrânia ©State Emergency Service of Ukraine via Reuters

Pelo menos 21 pessoas perderam a vida esta manhã, quando um ataque aéreo russo atingiu um autocarro na cidade de Sumy, na Ucrânia, revelaram as autoridades locais. A cidade, com cerca de 250 mil habitantes e situada perto da fronteira com a Rússia, foi palco de uma tragédia que abalou a comunidade.


Os corpos das vítimas, cobertos com mantas térmicas, foram encontrados em plena via, enquanto o autocarro alvo do ataque ficou completamente destruído, juntamente com árvores carbonizadas e vários veículos em chamas. No local, também foi possível observar os danos em edifícios próximos, incluindo a fachada de uma universidade.


O prefeito de Sumy, Artem Kobzar, manifestou a sua dor e indignação através de uma mensagem no Telegram, afirmando: "Neste brilhante dia de Domingo de Ramos, a nossa comunidade sofreu uma terrível tragédia. O inimigo lançou um ataque com míssil contra civis. Infelizmente, mais de 20 mortes já foram confirmadas."


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Feridos, destruição e pânico nas ruas

Além das mortes, outras 83 pessoas, incluindo sete crianças, ficaram feridas no ataque, que ocorreu por volta das 7h da manhã. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pedestres a correrem em busca de abrigo quando o míssil – que se acredita ser um Iskander-M – atingiu o alvo, causando uma explosão violenta, seguida do som de vidro estilhaçado, destroços a cair e alarmes de carros misturados com sirenes.


As imagens divulgadas mostram equipas médicas a prestarem socorro a sobreviventes ensanguentados, enquanto uma densa coluna de fumo negro se elevava do autocarro destruído. Entre os edifícios afetados, destaca-se uma universidade cuja fachada ficou parcialmente destruída pela força do impacto.


Zelensky exige resposta internacional firme


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu com veemência ao ataque, sublinhando que os mísseis russos atingiram "uma rua comum da cidade, destruindo casas, instituições educacionais e veículos". "E isto aconteceu num dia em que as pessoas vão à igreja: Domingo de Ramos, a festa da Entrada de Jesus em Jerusalém", afirmou. Zelensky não poupou palavras ao classificar o ataque como um acto de "canalhice".


O ataque ocorre um dia após acusações mútuas entre Kiev e Moscovo sobre a violação de uma trégua temporária, mediada pelos Estados Unidos, destinada a suspender os ataques a infraestruturas energéticas por 30 dias. Ambas as partes alegam que o cessar-fogo foi quebrado quase de imediato.


Para Zelensky, o bombardeamento em Sumy confirma que a Rússia, que iniciou a invasão da Ucrânia, não demonstra qualquer interesse em alcançar a paz. "Na semana passada, um míssil russo matou 18 pessoas, incluindo nove crianças, quando atingiu um parque infantil na minha cidade natal", recordou, apelando a uma acção internacional urgente. "É necessária uma reacção forte do mundo. Os Estados Unidos, a Europa, todos os países que querem o fim desta guerra e desses assassinatos."


A tragédia em Sumy reforça o cenário devastador do conflito em curso, onde civis continuam a ser as principais vítimas de uma guerra sem fim à vista.


B.N.


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