Aldo Rebelo: do comunismo à defesa de bolsonaristas no STF
- Beatriz S. Nascimento
- há 5 horas
- 2 min de leitura

O ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados Aldo Rebelo foi advertido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante o seu depoimento na sexta-feira, 23, no processo que investiga a tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no cargo. Rebelo prestou depoimento na condição de testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier.
Trajetória política e mudanças ideológicas
Nascido em Alagoas, Aldo Rebelo, 69 anos, é jornalista e foi deputado federal por seis mandatos consecutivos, representando São Paulo. Sua trajetória política teve origem na esquerda, sendo militante da Ação Popular, um dos principais grupos de resistência à ditadura militar no Brasil, ligado à Igreja Católica e ao movimento estudantil.
Durante a sua carreira, passou por diversos partidos, como o PCdoB, ao qual esteve filiado durante 40 anos, além do PSB, MDB e PDT. No entanto, adotou posições que o afastaram da esquerda tradicional, aproximando-se de lideranças da direita, incluindo Jair Bolsonaro, que chegou a elogiá-lo publicamente em 2024.
Publicidade
Cargos ocupados e projetos legislativos marcantes
No Congresso, Aldo Rebelo foi presidente da Câmara dos Deputados, tornando-se conhecido como o “primeiro presidente comunista da Câmara”. Foi também ministro em diversas pastas nos governos Lula e Dilma Rousseff, como Esportes, Ciência e Tecnologia e Defesa.
Em 2008, foi candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Marta Suplicy (PT). Em 2024, ocupou brevemente o cargo de secretário de Relações Internacionais da cidade de São Paulo, a convite do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Além de seus cargos, Aldo Rebelo ficou conhecido por projetos legislativos peculiares. Em 1999, propôs uma lei para punir o uso excessivo de expressões estrangeiras no Brasil. Em 2003, apresentou um projeto para substituir o Halloween pelo Dia Nacional do Saci-Pererê, celebrado a 31 de outubro. Outra proposta sua pretendia tornar obrigatória a adição de pelo menos 10% de farinha de mandioca refinada ou fécula de mandioca na farinha de trigo usada em pães, biscoitos e massas.
B.N.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News
Comments