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João Lourenço quer empresas do Brasil em Angola

João Lourenço
João Lourenço quer empresas do Brasil em Angola © Dombele Bernardo/Em Brasília

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, defendeu esta sexta-feira, em Brasília, a retoma e o reforço da participação de empresas brasileiras no processo de reconstrução nacional, com particular destaque para o sector das infraestruturas públicas. A declaração foi feita no final das conversações bilaterais com a delegação brasileira, durante a visita oficial que o chefe de Estado angolano realiza ao Brasil, a convite do seu homólogo, Luiz Inácio Lula da Silva.


Brasil como parceiro estratégico na reconstrução

João Lourenço salientou a importância histórica da colaboração entre Angola e o Brasil em diversos domínios, nomeadamente na engenharia civil, construção de vias de comunicação e infraestruturas de base. “Angola ainda tem muito por construir. Temos necessidades evidentes em estradas, autoestradas, caminhos de ferro, aeroportos, energia e abastecimento de água”, afirmou o Presidente, frisando que o país continua empenhado em melhorar as condições de vida das populações e modernizar a sua economia.


A presença brasileira em Angola, especialmente nos períodos pós-guerra, foi decisiva para a execução de grandes obras públicas e para o desenvolvimento de sectores essenciais. Lourenço realçou que o momento actual representa uma oportunidade para revitalizar essa cooperação com base numa visão renovada, mais sustentável e orientada para resultados a longo prazo.


Assinatura de novos acordos de cooperação

No decurso da visita oficial, Angola e Brasil assinaram quatro novos acordos de cooperação em sectores estratégicos, como forma de aprofundar os laços bilaterais e dinamizar projectos conjuntos. Embora os detalhes dos acordos não tenham sido integralmente revelados, sabe-se que abrangem áreas como energia, agricultura, tecnologia e capacitação institucional.


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Estes compromissos vêm reforçar a diplomacia económica angolana, que tem procurado estabelecer parcerias com países com os quais partilha uma afinidade histórica, cultural e linguística, como é o caso do Brasil.


Cooperação reforçada entre países lusófonos

A visita de João Lourenço ao Brasil insere-se numa estratégia mais ampla de diversificação das relações externas de Angola, num contexto em que o país procura atrair investimento estrangeiro, fomentar a industrialização e reduzir a dependência do petróleo.


“Acreditamos que o Brasil, como grande economia emergente, pode voltar a desempenhar um papel relevante na nossa trajectória de desenvolvimento. Há experiência, há conhecimento técnico e há vontade política para trabalhar em conjunto”, afirmou o Presidente angolano.

Por seu lado, Lula da Silva manifestou interesse em reaproximar os dois países, relançando a cooperação bilateral com foco na transferência de tecnologia, formação profissional e investimentos estruturais.


Um novo impulso para o desenvolvimento

Com a assinatura dos novos acordos e o apelo direto à iniciativa privada brasileira, João Lourenço pretende atrair empresas dispostas a investir na modernização de Angola. Este novo impulso nas relações entre Luanda e Brasília poderá marcar o relançamento de uma cooperação que, durante décadas, se revelou frutífera para ambos os países.


A expectativa é que, nos próximos meses, se intensifiquem os contactos técnicos e empresariais com vista à implementação concreta dos projectos acordados, contribuindo assim para uma Angola mais desenvolvida, interligada e inclusiva.


B.N.


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